Ponho-me  a conversar com os personagens, como se a vida real fosse uma ficção que se escreve em livros, como se lesse as páginas de uma história de vida. É assim que as coisas funcionam: o cérebro é uma caverna venosa, como teia de aranha numa gruta nunca penetrada por exploradores. Nele há uma biblioteca enorme de todas as páginas folheadas durante a existência, algumas cobertas de cinzas, por falta de manuseio.
Rolo a tela do computador, escrevo alguma coisa, depois corro para o celular e  vasculho    mensagens instantâneas,  procurando em algum lugar o sorriso perdido. É preciso reencontrar o tesouro escondido nas Ilhas de Salomão.
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Adalberto Lima, trecho de estrada sem fim