Desminto. Desmito: ¨Natal¨

Jesus nasceu em 25 de dezembro do marco zero.

Opa! - Há controvérsia!

Ih, olha o seu Chico aê!

Não, não é o nosso querido Chico Hazzor não, é um outro Chico, o Chico Milani! O Francisco Milani! Lembram?

- Há controvérsia!

-Tem aí a certidão lavrada em cartório com assinatura dos pais, José e Maria e pelo menos um dos Reis Magos como testemunha?

-Tem registro em foto ou vídeo, do lume norte divino, da estrela guia iluminando a manjedoura?

- Guardado num frasco, um cheirinho de mirra ou do estrume das ovelhinhas? Um casaquinho feito de sua lã, um cachecol que seja?

- Não? Então, não me venha com churumelas!

Falando sério, não importa saber quem criou a data e se está correta. Não do ponto de vista filosófico, do histórico é outra história...

Quando somos falhos ao nos colocar num bom caminho, quando não seguimos natural e espontaneamente a boa vereda, somos obrigados à disciplina. Se não nos guiamos por nós mesmos, alguém acaba por nos guiar.

Daí uma data criada para a memória, para nos colocar na disciplina de lembrarmos do Salvador...

É claro que existe também, todo um comércio nessa ocasião faturando horrores. Mas eu não diria que é de todo mal, desvirtuando em absoluto o espírito do Natal, porque se fecho os olhos e concentro profundo no menino adormecido dentro de mim, ele desperta... E os olhos e o olhar são para um universo lúdico, de encantamento... Dá pra sentir o clima fraterno e o espírito que paira anunciando o milagre... sensação de que um bom velhinho todo de vermelho e gorro na cabeça, já passou ou vai passar por ali... E esses olhos de guri, procuram entre a alegria dos brinquedos, os primos e amigos dentro das casas, nas calçadas das ruas, na noite do milagre e no dia seguinte...

E dentre tantas crianças que brincaram comigo nesse passado feliz, uma ainda vive dentro de mim e faz arte... meu interior e travesso Menino Jesus... Pés descalços, joga bola, acelera patinete e bicicleta no meu coração. Brinca de moldar a massa do meu espírito...

Nos deram uma data. Quem deu não importa. Até mesmo acreditar em Deus ou em seu filho Jesus, não é necessário... O Deus que creio, não exige fé. Fé é aquilo que nasce dentro de cada um, brotando uma flor de luz que guia o entendimento sem provas e contra-provas... Apenas observo o irmão, suas ações e atitudes. Se ele diz ser ateu, não importa, não me agride, não me ofende e muito menos ao Deus que nos confiou o nosso próprio livre-arbítrio. Se esse irmão é um homem de bem, se respeita e é solidário ao seu próximo, ele já segue a senda da luz e é operário, mesmo sem saber, na expansão do universo de amor do Criador. Se ele não é religioso não importa, eu também não sou.

Para quem por acaso já se indagava: - é Poeta Veloz ou pastor veloz? Respondo: - Não meu irmão, não minha irmã, nada de pastor. Sou e serei sempre cada vez mais, poeta!

E velozmente desminto esse natal anual, de um dia por ano apenas...

Há quem diga que Jesus é uma lenda, um mito, criado para se manipular e dirigir massas... Tudo bem aceito e entendo a negação do fato em si. Mas se foi obra de ficção, se Cristo foi uma invenção planejada não por Deus, mas pelos homens, alguém deu um tiro no próprio pé!

Porque se aceitarmos Jesus como uma criação humana, ainda assim, eu lhes pergunto: dentro da história da humanidade, se buscarmos na literatura qualquer que seja, romance ou filosofia, qual exemplo maior já foi escrito de ideal de vida para se seguir? Não seria o deste Cristo?

Portanto escrevamos um Natal de letras maiúsculas em nossos corações. Um Natal de nós mesmos, todo dia. Acreditando ou não nesse Menino Jesus, não há como negar que a comunhão a ser renovada diariamente, é no mínimo com o perfeito ideal do Filho ungido, que somos todos nós...

No mais, apesar de não ser religioso, sou cria do Criador, sou fã do Francisco Milani, sou amigo do Chico Hazzor e azar de quem não é...

e na fé. meu Mestre é Jesus!

Feliz Natal a todos!

Cassio Poeta Veloz
Enviado por Cassio Poeta Veloz em 21/12/2016
Reeditado em 05/12/2023
Código do texto: T5859595
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