O CAMINHO DO SENTIDO DA VIDA

O coração do homem é tão enganoso que basta uma ilusão povoar o seu íntimo, seduzir com seu aroma até o âmago de sua alma, para fazê-lo acreditar numa verdade inexistente, onde as fantasias que alimenta vão sedimentando suas convicções baseadas nas filosofias mais dissolutas e nas ideologias mais imundas e perversas.

Sábio não é aquele que ostenta um discurso cheio de intelectualismo e nem aquele que conhece todos os saberes e culturas que o mundo está repleto, mas sim aquele que ao invés de seguir seu coração, se baseia na palavra de Deus para guiar seus caminhios e, a partir daí, construir sua morada sobre um forte alicerce espiritual, de tal maneira que as tormentas da vida provenientes dos tempos mais sombrios se tornam incapazes de arruinar sua vida, de arruinar inclusive o que tem de mais precioso em seu ser.

Que sentido, pois, tem a existência de um indivíduo que acredita que pode fazer o que quiser, na medida em que a sua vontade é a única lei que orienta a sua conduta? Que sentido há na vida daqueles que percorrem inúmeros caminhos, convictos de que todas às sendas e todas estradas conduzem os homens para a direção da mesma verdade? Enfim, qual é o sentido de viver uma existência imersa no relativismo e na total descrença, especialmente quanto a fé e a esperança em Deus?

Tanta vulnerabilidade só mostra o quanto somos sensíveis às grandes quedas...Sendo assim, de que adianta tanto conhecimento e tantas certezas sobre os assuntos mais variados, se habita em nosso ser tanta prepotência, de tal modo que nos sentimos no direito de transformar uma mentira numa verdade, ou ainda, uma falácia numa questão de suma importância metafísica, teológica ou ética?

A vida se torna empobrecida, e sobretudo, desprovida de propósito e de sentido, quando pensamos cega e erroneamente que somos donos de nosso próprio destino, ou também, quando pensamos de forma ousada que o materialismo, bem como o centificismo, são as grandes soluções para vencermos as grandes crises que governam e povoam nosso mundo atual.

Um homem só tem grandeza quando tem conscência da sua responsabilidade e, a partir daí, é firme e resoluto o suficiente para por em prática suas ações, independente do que as instituições ditam ou exigem, principalmente aquelas de caráter ''religioso''.

Pois o mais imprescindível para Deus é a bondade de nossos corações e a sinceridade revelada pelo nosso modo de ser-com-os-outros, sem falar de nossa coragem em não nos deixarmos corromper por promessas tão tolas e apelos tão grosseiros.

É importante sabermos que grande parte da instituições de hoje, muitas delas prostituindo as verdades mais universais, ao invés de formarem homens com grandeza de alma, preferem embecilizá-los com tamanha sagacidade, de modo que negligenciam as virtudes mais importantes para o aprimoramento de seu ser, a saber, a integridade e a autenticidade.

A liberdade interior (a que faz moradia permanente na alma de um ser humano) é possível porque encontramos o sentido de viver, ou seja, amando a vida independente das adversidades que surgem em nossos caminhos, e independente das lutas mais ferozes que enfrentamos no cotidiano. Essa forma de liberdade só acontece efetivamente quando estamos plenos de um sentimento de apego profundo, de um apego incondicional ao Deus vivo: o único que pode nos socorrer e nos dar a verdadeira serenidade...

Sem dúvidas, é o Deus altíssimo o refrigério para nossas almas e também um bálsamo tão desejado por todos nós! E quanto mais buscarmos sabedoria enquanto trilhamos o caminho da retidão e da bem-aventurança, mais conseguiremos reavaliar os sofrimentos do qual este mundo está repleto e, a partir daí, buscarmos amenizar a dor do existir com a consciência plena de que temos um salvador que cuida de nossas vidas.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 17/12/2016
Reeditado em 17/12/2016
Código do texto: T5856270
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