Fragmentos de almas

A pairarem no celeste firmamento

A que flutuam ao esvoaçar de um místico tempo

Quem, todavia as dispersou?

Qual foi em verdade o seu intento?

Almas distantes e analogamente próximas

Enigmático paradoxo

A que somente o sopro da vida o pode sondá-las

E no eco de seus corações ouvem-se murmúrios

Escutam-se reciprocamente vozes...gritos... choros

Contudo não se enxergam

Apenas percebem-se pelas palavras

E assim, como que de olhos fechados, então se vêem

Onde estás minha amada... a quem neste instante me chama

E por meu nome clama?

E tu estás também por mim a invocar!

E destarte são as almas

Como num infante brincar de esconde-esconde

Mas o tempo se prolonga...

E a diversão dá lugar ao pranto

A que mutuamente se anseiam ... e se desejam

Porém, até quando?...

Alma que clama

Que chama por outra

Junção...

Onde estás?

Se procuram...

Se acham...

Na imensidão de tudo...

Alma que vai ao encontro

do amado

Quando o encontrará?

Ele a espera...

Súplica...

Lamento e dor...

Incansável o procura...

Desejo e anseio

Se fundem...

Esperam...

Infinitamente...

*EleTemUmPedacinhoD'almaDela

Abril 2017

Tati Vitorino e Paulo da Cruz
Enviado por Tati Vitorino em 14/04/2017
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