Estou de Luto! (Dueto com SIMONE MEDEIROS, meu amor!)
Porque:
Perdi tudo o que eu não valorizava
Perdi a tristeza que no meu coração morava
Perdi a falta do sorriso aberto
Perdi o mau amigo, falso e encoberto
O meu luto vai mais adiante porque perdi a desesperança
Que outrora habitava nas minhas más lembranças
Perdi o ódio que sentia do nada e da vida enfim
Perdi a angústia que em mim morava, que me deixava assim
Luto negro porque enterrei o desprezo
Que insistia em morar junto com o meu coração indefeso
Perdi a falta de fé na vida, no amor, no ser humano
Perdi a raiva que tinha de tudo ano após ano
Ah sim, perdi ainda a repugnância pelo meu pecado
Perdi a falta de perdão a mim mesmo pelo que fiz de errado
Perdi as lápides que encobriam a minha alegria
Ficaram nos cemitérios de minha vida e hoje somente me espiam!
Perdi ainda a rejeição
Perdi a frustração
Perdi a humilhação
Perdi o meu mau coração
Perdi toda a minha confusão
Perdi a minha solidão
Perdi a minha desorientação
Perdi a minha indecisão
Perdi a minha indignação
Perdi a minha preocupação
Perdi as vestes negras do luto que meu corpo cobria e por isso te peço:
Me ajude a continuar perdendo tudo isso e continuar te merecendo, poetisa SIMONE MEDEIROS?
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Preciso de te dizer algo, meu querido
Entendo perfeitamente o luto d' seus sentimentos
Pois, dele vivi sob o fio da navalha de meus tormentos
Q' resultaram-me d' um mal tempo, onde meu jardim foi mal florido
No jardins do meu ego dorido, colhi espinhos, nada mais
Causaram-me tantas dores, os maléficos espinhos
Q' minh'alma sentiu-se só, c' mil pensamentos daninhos
Quis meu ser fugir desta vida, se esvair... viver não mais...
Tamanha dor que ecoava-me de dentro do peito dilacerado
As paredes do coração já não abrigavam-me os sonhos
Vivi pelos cantos chorando ouvindo soar-me os ecos medonhos
Por tantas vezes, desisti, pois meu intimo não quis ser cremado
Depois de um certo tempo, acordei para a vida decidida
Derrubar com força as masmorras criadas por mim um dia
Descobri minha alforria no rascunho de uma linda poesia
Ditada por amigos espirituais, os quais me devolveram à vida
Renasci das cinzas, qual uma ave que perdeu o sentido de voar
E que ao longe, enxerga uma luz que a fará de novo viver em paz
Pude então, reerguer-me do umbral que um dia foi-me apraz
Ganhei dos Anjos, um novo par de asas e pude então, louvar
Agradecer pelos encantos que minh'alma conheceu
Uma linda alma que um dia estava previsto nos céus acontecer
Foi quando me deparei com uns versos abrigos de u' amigo meu
Foi como um passe de mágica, vi o meu mundo engrandecer
Seus versos, de uma beleza incomparável, conquistou-me o ego
Aos poucos, fui tomando consciência de q' sua presença era real
Senti meu coração dizer-me q' tal sentimento n' era só carnal...
Mas espiritual, u' sublime amor que só os que amam o desapego
Podem sentir em seu íntimo o desejo de amar uma pessoa assim
Sem querer duvidar do destino, sei q' não me sinto mais sozinha
Tenho comigo um amor verdadeiro, real q' ultrapassa o fim da linha
Rogo a Deus q' nos dê o merecimento d' q' seja este, u' amor sem fim.
(Simone Medeiros)
<3
Com amor e carinho....
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