Inconstância mundana
Conquanto os dogmas religiosos sustentam a base de uma sociedade já conjugada no pretérito mais-que-perfeito, a hegemonia da razão na história moderna e sua eventual incapacidade de atribuir sentido à vida do homem vem por instalar suas novas gerações na mundana locomotiva nihilista.
Uma vez que a intransigente ordem social era imposta por conveniência religiosa, as possibilidades da vida eram restritas segundo seu preceito, sendo porém, capaz de transmitir tangibilidade nas suas predestinações, eximindo o homem de sua responsabilidade existencial.
Logo instaurada a razão, os homens buscam por seus domínios abarcar o "sentido essencial" do mundo, cujo o abstrato da fé tornou-se, aos olhos humanos, insuficiente. A sua também insuficiência desarquitetou as esperanças da humanidade, subjugando-a à volatilidade de ser livre.
Os novos indivíduos da sociedade moderna, abandonada a fé e a razão, habitam a penumbra da existência frente a consciência da inconstância mundana e o dilema existencial de suas impalpáveis vidas.