O Poeta

Conta um conto que quando nasceu um poeta, ele recitou à enfermeira um verso e foi ela quem chorou. Então ele cresceu, feriu o coração e encontrou uma maneira de sentir as dores de maneira sublime, transformando tudo em arte, em utopia, em canção ou poesia, em silêncios ou barulhos, em explosão de animo ou calmaria, em ar para poder voar, em ser nobre e um pouco Anjo, as vezes vil, as vezes demônio mas nem sempre tão mau nem tirano, as vezes marginalizado, quem sabe um pouco estranho, um pouco de você, um pouco de tudo, mas no fim, sempre tão simples como um beijo, tão complexo como a fala, gentil como um abraço; e tão ignorado como os sentimentos. Propenso a cometer erros e dar abraços. Que ama uma xícara de café ou chá, um chocolate quente no inverno, cookies, frios, nuvens cinzentas, olhos castanhos, pretos, verdes e azuis, livros novos ou aqueles com folhas amareladas, poesias e romances e pode ser o amor da vida de alguém, mas você pode chamar de Poeta.

Vil Becker
Enviado por Vil Becker em 10/06/2017
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