TRABALHO DIOCESANO DO DÍZIMO

A Diocese de Piracicaba deseja, com este instrumento de trabalho, que está agora em suas mãos, que se trabalhe e se implante o Projeto do Dízimo verdadeiramente bíblico em todas as Paróquias e áreas pastorais que a compõem. Que este projeto possa ser acolhido por todos, padres e leigos, com grande espírito de fé e compromisso e que resulte verdadeiramente num marco de crescimento dos católicos com a Igreja, a Igreja de Cristo.

Reconhece-se ser este um proceder que exige coragem e esforços gigantes, por parte de todos os membros de nossa Igreja, pois se trata de uma mudança de cultura já profundamente enraizada no povo que, mesmo tendo sólida religiosidade, acostumou-se a manter sua Igreja, pagando taxas e espórtulas, quando necessita de serviços.

Agora a Igreja de Piracicaba, querendo crescer um pouco mais em sua espiritualidade, adota o sistema de Dízimo bíblico. Essa mudança é para que a “Árvore” dê mais frutos e frutos bons, pois este sistema de dízimo e ofertas, fundamentado na palavra de Deus, comprovadamente, é o mais agradável ao Senhor Deus.

Deus seja louvado e glorificado pelo dom da partilha em nossas comunidades.

Introdução

A palavra “dízimo” significa “décima parte”, e a sua origem está nos 10% que os judeus davam de tudo o que colhiam da terra com o seu trabalho. Também hoje todos são convidados a oferecer, de fato, a décima parte daquilo que ganham, mas isso não é um preceito: ninguém é obrigado e ninguém deve ser constrangido a fazê-lo.

O importante é entender que o dízimo não é esmola. Deus, que jamais nos priva da nossa liberdade, merece a doação feita co alegria. - O que é doado de boa vontade faz bem a quem dá e a quem recebe!

O dízimo é uma contribuição voluntária, regular, periódica e proporcional aos rendimentos recebidos, que todo batizado deve assumir como obrigação pessoal - mas também como direito - em relação à manutenção da vida da Igreja local onde vive sua fé.

O dízimo é uma forma concreta de manifestar a fé em Deus providente, um modo de viver a esperança em seu Reino de vida e justiça, um jeito de praticar a caridade na vida em comunidade. É ato de fé, de esperança e de caridade. Pelo dízimo, podemos viver essas três importantes virtudes cristãs, chamadas de virtudes teologais, porque nos aproximam diretamente de Deus.

O dízimo é compromisso de cada cristão. É uma forma de devolver a Deus, num ato de agradecimento, uma parte daquilo que se recebe. Representa a aceitação consciente do dom de Deus e a disposição fiel de colaborar com seu projeto de felicidade para todos. Dízimo é agradecimento e partilha, já que tudo o que temos e recebemos vem de Deus e pertence a Deus.

O significado verdadeiro do dízimo, porém, é justo e verdadeiramente cristão.

Nos tempos do Antigo Testamento, a Lei de Moisés prescrevia o pagamento obrigatório de 10% dos rendimentos do fiel (pagos na forma de bens e mantimentos, principalmente produtos agrícolas) para manter a tribo de Levi e os sacerdotes, responsáveis pela manutenção do Tabernáculo e depois do Templo, já que eles não tinham direito a heranças e territórios.

Esses mantimentos eram também usados para assistir aos órfãos, viúvas e pobres em suas necessidades. Depois da destruição do Templo (no ano 70 dC), a classe sacerdotal e os sacrifícios cessaram, e os rabinos passaram a recomendar que os judeus prestassem auxílio aos mais necessitados.

Por ser Cristo o Supremo Sacerdote, consumou o sacerdócio levítico com todas as suas leis, dízimos e costumes, como esclarece a Carta aos Hebreus (Hb 7,1-28): “Com efeito, mudado o sacerdócio, é necessário que se mude também a lei" (Hb 7, 12). Mais adiante, se arremata: “Com isso, está abolida a antiga legislação, por causa de sua ineficácia e inutilidade" (Hb 7,18).

Hoje, o dízimo é uma doação regular e proporcional aos rendimentos do fiel, que todo batizado deve assumir. É antes de tudo uma grande graça, pois é uma forma concreta que o cristão tem para manifestar a sua fé em Deus e o seu amor ao próximo, já que é por meio dele que a Igreja se mantém em atividade, sustenta seus trabalhos de evangelização e realiza muitas obras de caridade e assistência aos menos favorecidos.

Pelo dízimo, podemos viver as três virtudes mais importantes para todo cristão: a Fé, a Esperança e o Amor-caridade, que nos levam mais perto de Deus. O dízimo é um compromisso. Representa a nossa vontade de colaborar, de verdade, com o Projeto Divino neste mundo.

1 - O que é preciso para ser dízimo?

Cada pessoa deve definir livremente, sem tristeza nem constrangimento, qual percentual dos seus ganhos irá separar para o dízimo. Como visto, a Igreja não exige a doação de 10% de tudo o que você ganha. Porém, para ser considerado dízimo, é preciso que seja realmente um percentual, isto é, uma porcentagem dos seus ganhos, sendo no mínimo 1%. Se alguém ganha R$ 1.000,00 e oferece R$ 10,00, isto ainda pode ser considerado dízimo. Menos do que isso, porém, seria uma oferta.

A experiência pastoral comprova: aqueles que, confiantes na Providência Divina, optaram pelo dízimo integral, isto é, pela doação dos 10% de tudo o que ganham, não se arrependeram nem sentiram falta em seus orçamentos: ao contrário, muitos dizimistas dão o seu testemunho: depois que passaram a contribuir com a Igreja e a comunidade dessa maneira, passaram a se sentir especialmente abençoados: Deus não desampara os que nele confiam.

Mas isso não quer dizer que devemos dar o dízimo esperando "ganhar em dobro", nem receber algo em troca, como se pudéssemos barganhar com Deus. Aqueles que ensinam tais coisas nada entendem de cristianismo, não compreendem o contexto bíblico e menos ainda o significado de partilha, tão presente na Igreja primitiva. 

Jesus Cristo diz que há mais bem-aventurança em dar do que em receber (At 20, 35). Dar pensando no que se receberá de volta, portanto, não é dar, é negociar, é trocar, é barganhar. Só é possível dar, no sentido cristão, quando não se espera nada em troca.

A entrega do dízimo normalmente é mensal, porque a maioria das pessoas recebe salário todo mês. Já os que recebem semanalmente, por exemplo, podem combinar de entregá-lo uma vez por semana. O importante é saber que o dízimo deve ser entregue na comunidade com a mesma regularidade com que se recebem os ganhos regulares.

Já as ofertas são doações espontâneas, com as quais o fiel também pode e deve participar da vida em comunidade, mas nesse caso não existe a regularidade, como no caso do dízimo. Você pode e deve doar na hora do ofertório, durante as Missas, ou fazer depósitos nas caixas de coleta, mas não se trata de um compromisso fixo assumido com Deus, e sim de uma manifestação de amor e de confiança.

Cada vez mais católicos se conscientizam da importância do dízimo e das ofertas. É bom encontrar as igrejas limpas, bem equipadas, com tudo funcionando bem... Mas, infelizmente, muitos se esquecem de que, para isso, todos precisam colaborar!

2 - Que passagens da Bíblia nos falam do Dízimo?

São muitíssimas. Por sua Palavra, Deus nos convida: a confiar nele, que é o único Senhor de tudo; a ser-lhe agradecidos, porque ele é a fonte de todo bem; a colaborar com ele na instauração de uma nova sociedade, em que haja partilha e comunhão de bens, e em que não haja necessitados. Nos textos que seguem, podemos conferir essa divina proposta. A título de exemplo, citamos apenas algumas passagens bíblicas.

Veremos, primeiro, que os patriarcas de Israel sabiam reconhecer os dons de Deus e lhe eram agradecidos, oferecendo-lhe a décima parte de tudo o que possuíam: “Abraão deu ao Senhor a décima parte de tudo” (Gn 14,20). Jacó disse: “Eu te darei a décima parte de tudo o que me deres” (Gn 28,22). Através do profeta Malaquias, Javé reclama do povo a oferta do dízimo, e lhe faz a ousada proposta de fazer a experiência do dízimo, como sinal de confiança nas graças que somente ele, o Senhor, pode dar. Diz o Senhor: “Vocês perguntam: Em que te enganamos?

No dízimo e na contribuição. Vocês estão ameaçados de maldição, e mesmo assim estão me enganando, vocês e a nação inteira! Tragam o dízimo completo para o cofre do Templo, para que haja alimento em meu Templo. Façam essa experiência comigo. Vocês hão de ver, então, que abrirei as comportas do céu, e derramarei sobre vocês as minhas bênçãos de fartura” (MI 3,8-10).

3 - Quanto se deve oferecer de dízimo?

É impossivel evangelizar sem a utilização de bens materiais. Eles são necessários. Não temos como dispensá-los, Jesus precisou deles (Lc 8,1-3); a Igreja também precisa. Da vela ao automóvel, da partilha com os pobres às missões populares, do microfone à conta de luz, da formação de lderanças ao sustento dos ministros ordenados, tudo tem um custo.

O Dízimo tem exatamente esse objeto: possibilitar a evangelização. Quanto mais uma comunidade toma consciência de que é, por natureza, evangelizadora, tanto mais ela opta pelo Dízimo e pelas ofertas, e é generosa.

Deve-se ofertar a Deus o que mandar o nosso coração e o que a nossa consciência falar. O Apóstolo Paulo assim escreve: Dê cada um conforme o impulso de seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria (2 Cor 9,7). Os israelitas davam dez por cento do que colhiam da terra e do trabalho. Daí vem a palavra dízimo, que significa décima parte, dez por cento daquilo que se ganha.

Veja como Deus é bom. Ele lhe dá tudo. Deixa nove partes para você fazer o que precisar e quiser, e pede retorno de somente uma parte. Assim, todos somos convidados a ofertar de fato a décima parte. Mas é importante perceber o seguinte: dízimo não é esmola, nem sobra, nem migalha, pois Deus de nada precisa. Ele quer nossa gratidão. Ele quer que demos com alegria e reconhecimento e liberdade. O que se dá com alegria faz bem àquele que dá e àquele que recebe.

Deus quer que ofertemos o dízimo com alegria e liberdade. Embora a palavra dízimo tenha o significado de décima parte, ou dez por cento, cada pessoa deve livremente definir, segundo os impulsos de seu coração, sem tristeza e nem constrangimento, qual seja o percentual de seus ganhos que deve destinar ao dízimo a ser entregue para a sua comunidade.

No entanto, a experiência tem comprovado que aqueles que, num passo de confiança nas promessas divinas, optaram pelo dízimo integral, isto é, pela oferta de 10% de tudo que ganham, não se arrependeram de tê-lo feito e nem sentiram falta em seus orçamentos. Ao contrário, sentem-se mais abençoados que antes, quando suas contribuições eram proporcionalmente menores.

Há muitos dizimistas que dão este testemunho: quanto mais se oferece de dízimo, mais se ganha. Pois, o dízimo é um ato de fé em Deus, que não deixa na mão os que nele confiam. De qualquer modo, cada dizimista deve sentir-se livre diante de Deus para fixar o percentual de sua contribuição. O dizimista não deve preocupar-se com o que sai de seu bolso (se muito ou pouco dinheiro), mas o que sai de seu coração (se pouco ou muito amor a Deus e à comunidade).

Sim, a conversão passa pelo bolso; o ser cristão exige a partilha que evangeliza

4 - O dízimo deve ser mensal, bimestral ou anual?

Em princípio, o dízimo deve ser oferecido cada vez que se recebe algo: o salário, uma doação ou o resultado de uma venda importante. De modo geral e prático, podemos dizer que a oferta do dízimo deve ser mensal. Assim como você recebe seu salário todo mês, assim também mensalmente deveria fazer sua oferta do dízimo. Por isso, é necessário educar-se para fazer mensalmente a oferta do dízimo.

Se o católico, que recebe mensalmente o seu salário, não se educar para o dízimo mensal, ele irá dar, uma ou outra vez, aquilo que sobrar. E isso não é dízimo, mesmo que seja uma grande quantia. Se desse mensalmente apenas 1%, mas com alegria e consciência, seria melhor. Sendo uma contribuição regular e periódica, e proporcional ao ganho de cada dizimista, o dízimo deve ser entregue na comunidade com a mesma regularidade com que acontece o recebimento de seus ganhos.

A contribuição mensal de cada dizimista favorece também a organização da Pastoral do Dízimo, na comunidade, na paróquia e na diocese. Sabendo quanto recebe mensalmente de dízimo, a Igreja pode fazer seus orçamentos e previsões, bem como pode prestar contas regulares ao povo.

5 - Por que, para algumas pessoas, é tão difícil oferecer o Dízimo?

Vivemos numa sociedade em que o dinheiro e o lucro ocupam o lugar de Deus e das pessoas. Jesus Cristo nos adverte que é impossível servir a dois senhores, adorando ao mesmo tempo a Deus e ao Dinheiro (Lc 16,13). Mesmo assim, há cristãos que seguem a proposta do mundo. A sociedade materialista e consumista em que vivemos nos ensina a reter, concentrar, possuir, ter, ganhar, consumir, acumular. Somos incentivados a ter corações egoístas e fechados. O Evangelho, ao contrário, nos ensina que só quem é generoso e não tem medo de repartir o que possui está, de fato, aberto para acolher os benefícios de Deus. São dois projetos bem diferentes: a sociedade consumista e egoísta ou o Reino da partilha e da justiça. É preciso fazer uma escolha entre o Reino de Deus e o reino do dinheiro.

O que o dízimo tem a ver com Deus? O povo de Israel foi o primeiro povo da história humana a acreditar em um só Deus, que governa todo o Universo. Foi também, o primeiro povo a acreditar que, se o homem vive, é por vontade e querer desse Deus, que criou o ser humano “à sua imagem e semelhança”. Por esse motivo passou a fazer parte da vida desse povo a retribuição, o agradecimento. Todo judeu oferecia a décima parte de seus bens, como retribuição dos bens recebidos de Deus.

Como nós, cristãos, temos nossas raízes nesse povo judeu, herdamos dele certas formas de homenagear o nosso Deus, que acreditamos ser o Pai de todas as pessoas. O dízimo é uma das mais antigas formas de agradecimento do ser humano a Deus. Não podemos deixar de reconhecer que, com o passar do tempo, tais formas de retribuição foram deturpadas. O dízimo, que inicialmente era uma necessidade de o ser humano manter sua solidariedade com seus irmãos e irmãs, através da Igreja, passou a ser uma obrigação imposta pela Igreja dos tempos antigos, perdendo o verdadeiro sentido que tinha no princípio.

Atualmente, a Igreja pretende redescobrir seu verdadeiro sentido para que nós cristãos possamos entender melhor o porquê do dízimo. Ele não é invenção humana e sim um dos mandamentos bíblicos e um excelente meio de vivermos as três grandes virtudes chamadas teologais. As virtudes teologais são chamadas assim, porque nos põem em relação direta com Deus ou porque nos levam a fazer o que faz o próprio Deus. São elas: a fé, a esperança e a caridade.

Como sabemos, a Igreja é formada por pessoas que devem unir-se em comunidade. Em outras palavras, cada membro da Igreja é e deve sentir-se responsável pelos outros que formam a Igreja. Deus é Pai de todos e quer a plena realização de todos. Ora, ninguém pode chegar a essa realização sozinho. Por isso o sentido do dízimo é hoje riquíssimo, pois é um dos meios pelos quais cada cristão demonstra sua responsabilidade para manter a Igreja a que pertence, seja a Igreja-Templo, como também a Igreja-Povo.

6 - Que relação existe entre dízimo e dinheiro?

Se o dízimo fosse apenas uma campanha financeira, com vistas a arrecadar dinheiro, não teria sentido e nem deveria existir. Por intermédio do dízimo, o cristão reconhece que deve retribuir a Deus uma parte dos bens que recebeu do próprio Deus.

Dízimo é ato de gratidão a Deus. Dízimo é ato de caridade e partilha para com a Igreja. Não é taxa nem imposto que se deva pagar à Igreja, pois a Igreja não é um clube de prestação de serviços. Dízimo não é pagamento de sacramentos ou de serviços prestados pela Igreja ou pelo padre. Dízimo não se paga, se oferece. Não se cobra, se recebe.

Antes de mexer com o bolso, o dízimo toca o coração. Antes de tudo, o dízimo é a manifestação da corresponsabilidade de cada um para com a comunidade cristã, da qual faz parte. Quando alguém devolve o dízimo, põe em prática a Palavra de Deus que diz: “Ofertai o dízimo” (Ml 3,10). Portanto, ele deve ser feito não como uma obrigação imposta, mas sim como reconhecimento de que vem de Deus tudo o que se tem e se possui. Todas as coisas pertencem a Deus, mesmo que estejam em poder de determinada pessoa. Essa atitude deve levar cada um de nós à conscienti-zação de que fazemos parte de uma comunidade pela qual cada um de nós é responsável. Oferecer o dízimo não quer dizer isentar-se de outras responsabilidades para com a comunidade. Pelo contrário, deve ser o início de uma nova relação do fiel com sua Igreja, principalmente com a comunidade onde vive.

7 - Onde devo entregar o Dízimo?

Diz o livro do Deuteronômio: “Então, ao lugar que o Senhor, vosso Deus, escolheu para estabelecer nele o seu nome, ali levareis todas as coisas que vos ordeno: vossos holocaustos, vossos sacrifícios, vossos dízimos, vossas primícias e todas as ofertas escolhidas que tiverdes prometido por voto ao Senhor” (Dt 12,11s). O dízimo pertence a Deus e é no templo que deve ser entregue, ou seja, na paróquia onde vivemos regularmente nossa fé.

Levar um auxílio a um pobre, fazer um donativo a uma instituição beneficente, colaborar com campanhas de solidariedade, contribuir com movimentos de Igreja e/ou movimentos sociais... tudo isso são obras muito boas e agradáveis a Deus. Mas essas doações não substituem o dízimo e não nos isentam do nosso dízimo mensal, ofertado à paróquia onde recebemos a Palavra e os Sacramentos da salvação.

Portanto, o dízimo deve ser levado à igreja. Pode ser entregue na secretaria paroquial, ou numa caixa de recebimento do dízimo que há na igreja, ou ser entregue a alguém da Pastoral do Dízimo ao final das missas e celebrações. Embora haja, em algumas paróquias, o costume de alguns fiéis saírem pelas ruas para receberem o dízimo das famílias, o ideal seria que cada fiel viesse à igreja trazer o seu dízimo.

8 - Que efeitos a oferta do dízimo produz na pessoa?

O dízimo é como a semente. Lançado em terreno fértil, germina e cresce, e, com o tempo, produz frutos bons e abundantes. Com a evangelização paroquial do dízimo, observa-se que cresce, no coração do dizimista e na comunidade participativa, o espírito de fraternidade e de amor ao próximo.

Traços de caridade, generosidade e partilha, se evidenciam a cada dia. Percebe-se que as pessoas, ao fazerem a experiência do dízimo, vivenciam, em suas casas e em diferentes ambientes, o fato de que nada lhes falta, principalmente o necessário para sua sobrevivência. Essas pessoas perceberam o sentido e objetivo do dízimo.

Descobriram que o dízimo é um ato de louvor. É um agradecimento a Deus, por tudo o que somos e temos. O dízimo é um compromisso com Deus, com a Igreja e com os pobres. O dizimista é alguém que aprendeu a repartir. Seu dízimo é uma partilha dos bens de Deus, do que se tem e não do que sobra. Por isso, o dízimo deve vir, como diz a Bíblia, das nossas primícias, isto é, de nossos “primeiros frutos”. Deus não precisa de nossas coisas e do nosso dinheiro, mas quer nos educar à generosidade e à partilha.

O dízimo nos leva a imitar Deus na generosidade: educa-nos para a vida de comunidade. O dízimo é um ato de fé em Deus e confiança na comunidade. “Quem semeia com largueza, com largueza colhe” (2Cor 9,6). Se você já fez a experiência do dízimo: Parabéns! Persevere sempre... Se ainda não é dizimista: Não tenha medo. Faça a experiência e verá a promessa de Deus se cumprir na sua vida (Ml 3,10-12). Ao final de tudo, você é quem vai sair ganhando!

9 - Qual o objetivo da Equipe de Pastoral do Dízimo?

Embora a conseqüência natural da implantação do dízimo seja um crescimento na arrecadação paroquial, o objetivo da organização da Pastoral do Dízimo nunca deveria ter essa conotação de resolver o problema de caixa da paróquia.

Toda paróquia tem, com efeito, outras fontes de renda, que não são o dízimo: festas, eventos promocionais, aluguéis, doações, etc. Mas, a principal fonte de renda deve ser o dízimo. Na verdade, para sermos fiéis à Bíblia, a única fonte deveria ser o dízimo.

Conseguir recursos para a evangelização, eis o carisma da Equipe de Pastoral do Dízimo! Se o dízimo fosse bem organizado, não se despenderia tanta energia, cansaços e tensões (quando não até divisões) com outras preocupações. Mas, para que haja uma boa organização do dízimo, é necessária muita evangelização.

A Equipe de Pastoral do Dízimo tem esta missão: conscientizar todos os paroquianos sobre sua responsabilidade para com a comunidade paroquial onde vive e da qual faz parte. Neste sentido, importante trabalho deve ser feito exatamente junto às lideranças das pastorais, movimentos e grupos. Mais do que fazer dinheiro e aumentar a renda da paróquia, o objetivo primeiro da Equipe de Pastoral do Dízimo é: a) conscientizar os fiéis sobre a dimensão bíblica, teológica e espiritual do dízimo; b) mostrar que o dízimo é um ato de fé, de esperança e de caridade; c) testemunhar a alegria de uma vida agradecida a Deus, através da oferta mensal do dízimo.

10 - Qual é a importância da Pastoral do Dízimo para a Paróquia?

Para que aconteça uma Pastoral de Conjunto dinâmica e atuante, é necessário que todos contribuam. A participação não é meramente financeira, mas implica também na doação pessoal de talentos e do próprio tempo à comunidade. A Equipe da Pastoral do Dízimo tem, preponderantemente, o papel de conscientizar cada participante da comunidade sobre sua responsabilidade em contribuir em todos os sentidos para com essa mesma comunidade e toda a Igreja.

Caberá à Equipe de Pastoral do Dízimo prover a comunidade com os recursos materiais necessários a toda a obra evangelizadora. Todo mundo sabe que sem dinheiro não se faz nada. Para qualquer tipo de evangelização, é preciso contar não somente com pessoas e sua boa vontade, mas também com dinheiro. É preciso investir na formação de lideranças, na catequese das crianças, adolescentes e jovens, em viagens e hospedagens para cursos e estudos, no pagamento da côngrua justa aos padres e outros agentes de pastoral, nos materiais para a celebração.

O dízimo não é uma questão de dinheiro, de falta ou sobra de dinheiro. O dízimo é uma questão de fé. Se a Pastoral do Dízimo realizar sua missão, não como meio de angariar dinheiro, mas como evangelização, o povo começa a entender. Nosso povo tem coração aberto, tem um grande amor a Deus e à Igreja, tem desejo de participar. Mas, não admite ser enganado. Por isso, é também importante a prestação de contas, com transparência e constância.

Olhar o dízimo apenas através das necessidades financeiras da comunidade é muito pobre. É evidente que a igreja necessita de recursos, para manter-se pastoralmente ativa, mas essa necessidade deverá incluir muitos outros critérios que coloquem todo o sentido da ação da Igreja no mundo, como comunidade sinal de salvação, perspectiva da dignidade da pessoa humana, criatura dependente de seu Criador.

Historicamente notamos que o sistema de manutenção das comunidades passou por variações dependendo da época. Nota-se, portanto, que foi experimentado no decorrer dos anos: o sistema de doações espontâneas como expressão da disponibilidade religiosa do homem e do espírito de sacrifício; o sistema de dízimo, fruto de uma legislação, com correspondente obrigação jurídica, portando, inclusive sanções; sistema de côngruas, no qual os ministros do culto eram “pagos” pelos governos; e o sistema de taxas, pagas por ocasião de certos serviços religiosos.

As doações espontâneas nunca foram suprimidas. Teologicamente elas são ricas de sentido, quando trazidas pelo homem com generosidade diante de Deus. Quando se fala do sistema do dízimo como forma de sustentação da comunidade, não se tem em vista suprir tais doações. O que acontece é que a comunidade nem sempre consegue viver exclusivamente de doações, que geralmente são ocasionais e então é extremamente necessário uma forma perene de subsistência da comunidade.

O sistema de dízimo manifesta-se infinitamente mais pastoral do que o sistema de taxas. Sucede que no sistema de taxas, cada cristão tem apenas visão do quanto contribui pessoalmente por ocasião de certos atos de culto. Por outro lado, não parece absolutamente pastoral se for sob forma de legislação com obrigação jurídica e sanção correspondente. Tão pouco parece viável a restauração do dízimo em seu sentido aritmético (10% dos rendimentos), como igualmente não seria equitativa a fixação de outra porcentagem qualquer (1% dos rendimentos ou centésimo). Isso imporia uma obrigação aritmética igual todos sem olhar as diferenças financeiras de cada. Estar-se-ia pedindo mais de quem tem menos e menos de quem tem mais. Repetimos novamente o princípio do direito que nos ensina: “Devemos tratar de forma desigual os desiguais”.

O sistema do dízimo parece pastoralmente rico, enquanto sistema de devolução sistemática (mensal, por exemplo); de compromisso moral com a comunidade (não jurídico); fixado de acordo com a consciência formada de cada um (sem índice aritmético). O mundo dos bens materiais só se dignifica através do dom livre, e jamais por imposição de uma lei que reduz de novo à faixa dos meros impostos, taxas e obrigações financeiras.

Dessa forma tirar-se-ia da palavra dízimo suas conotações aritméticas, conservando seu sentido religioso. Segundo os bispos do Brasil, não parece útil ou aconselhável substituí-la por outra palavra, como centésimo, por exemplo. A palavra dízimo tem toda uma ressonância bíblica e tradicional na consciência cristã, que pode e deve ser valorizada dentro de um novo contexto e sentido histórico.

O dízimo focalizado na Palavra de Deus tem toda uma atitude religiosa, de reconhecimento do poder absoluto de Deus e da relatividade do poder do homem. Essa é a lição que podemos tomar nas primeiras paginas do Gênesis, numa preocupação catequética de ensinar ao homem sua posição diante de Deus e do mundo.

O dízimo nos dias atuais deve conter essa visão teológica-pastoral. Dessa forma seria uma catequese viva, uma verdadeira educação de atitude religiosa para o homem do mundo moderno, técnico, que descobriu seu poder frente a natureza. Pastoralmente, a renovação do sistema em si, se situaria dentro do esforço da Igreja frente aos desafios do mundo de hoje, no sentido de fazer o homem descobrir seus limites e abrir-se a Deus e aos irmãos.

A devolução do dízimo sob pressão não é o caminho pastoral verdadeiro, seja oferecendo benefícios e privilégios aos dizimistas ou negando certos serviços ou impondo obrigações especiais aos não dizimistas. Quando se encontra essa forma em muitas comunidades, nota-se aí uma incapacidade fundamental, por parte da Igreja, daquilo que está no coração de sua missão: formar a consciência dos homens. Mesmo diante da frieza de muitos católicos, o sistema do dízimo, nos dias atuais, contará sempre com a única força de seu élan original, a formação e a vivência do espírito comunitário. É bom entender que a conscientização para o dízimo não é uma simples etapa, mas um trabalho constante da comunidade junto aos seus membros.

A devolução do dízimo é feita a Deus, que dela necessita, mas com o sentido preciso de socorrer as necessidades da comunidade, em termos de culto, de manutenção dos serviços apostólicos, e de socorrer os irmãos mais necessitados.

11 - Qual a palavra certa – Pagar ou oferecer o Dízimo?

Cobrar ou receber o Dízimo? Por tudo o que se viu até aqui, percebe-se que o dízimo é um ato de liberdade. Embora a Palavra de Deus na Bíblia o apresente como mandamento e obrigação, e até mesmo use o verbo “pagar”, é importante lembrar que Deus nunca obriga ninguém. De fato, o dízimo é uma obrigação. Mas uma obrigação que brota do coração agradecido. Por isso, é muito importante mudarmos também nossa maneira de nos referirmos ao dízimo. Se ele não é nem taxa nem imposto, ele não deve ser nem pago nem cobrado. Se o dízimo é uma oferta agradecida, a devolução de uma parte recebida, um ato livre de fé, esperança e caridade, então ele é oferecido pelo fiel e recebido pela comunidade. É muito importante que a Equipe de Pastoral do Dízimo comece a mudar o jeito de falar do dízimo. Dízimo não se paga, se oferece. Dízimo não se cobra, se recebe. Dízimo não é taxa, nem imposto, nem esmola. Dízimo é devolução, é gratidão, é ato de amor a Deus, à Igreja e aos irmãos e irmãs.

12 - Deve-se cobrar dez por cento de cada dizimista?

Não se deve cobrar nada de ninguém. O dízimo deve nascer do coração. É verdade que a Bíblia fala em dízimo, que quer dizer exatamente dez por cento. Mas, a Palavra de Deus não deve ser peso para ninguém. Deve-se apenas anunciar a Palavra salvadora do Senhor e convidar as pessoas a praticá-la, sem terem medo de se entregar totalmente à vontade de Deus e de acreditar no seu projeto libertador. Fica na consciência das pessoas darem o dízimo que puderem. Mesmo que não seja exatamente dez por cento, deverá ser chamado de dízimo, porque é a oferta que tal ou qual fiel quer e pode oferecer.

Há um entendimento comum de que o Dízimo é um mandamento bíblico. Como tal, ele é também um dever que todo cristão tem de ofertar uma parcela de seus rendimentos, como meio de agradecer a Deus e de colaborar com sua Igreja.

O Dízimo carrega consigo um convite à experiência da verdadeira fé em Deus, da confiança na Divina Providência, da partilha dos bens de produção e de consumo, do empenho por uma sociedade mais justa e mais fraterna, da caridade com os mais pobres, do desapego dos bens materiais, da austeridade e da sobriedade.

O Dízimo tem uma forte dinâmica evangelizadora. O cristão que oferece livre e responsavelmente seu Dízimo aprende a se tornar mais humano, numa relação de fé e de confiança em Deus, de partilha e de solidariedade com os irmãos e irmãs, de respeito aos bens da criação e de cultivo de sua interioridade.

Há alguns anos o dízimo tem sido, felizmente, mais intensamente redescoberto no seio da Igreja Católica, como um grande meio e fonte, não somente de sustentação material de suas necessidades, mas como um instrumento eficaz de evangelização, conversão e experiência da vida cristã.

Certamente, os bispos têm influenciado neste processo, quando, sobretudo, exortam: “A implantação do dízimo é agora colocado como meta a ser atingida por todas as Igrejas Particulares no Brasil. E nossa meta não é mera exortação a um objetivo desejável. As Igrejas particulares devem buscá-lo. Tanto se trata de um dever pastoral a ser concretamente realizado, que a própria(?), decidiu que haja em todas as Igrejas” (CNBB: Pastoral do Dízimo p.10). Este instrumento, além do mais, deseja trazer efetivamente à baila o pedido que nos faz o 5o mandamento da Igreja, atualmente reformulado pelo Papa Bento XVI: “suprir as necessidades materiais da própria Igreja, segundo as próprias possibilidades”.

Portanto, considerando que o dízimo se torna para a Igreja, cada vez mais, um instrumento concreto de manifestar a própria adesão e comunhão com a Igreja - uma vez que pelo dízimo se mostra a nossa corresponsabilidade pela evangelização em todas as dimensões - e que o dízimo é a forma mais adequada para sustentar a arrebanhar o fiel para a Igreja, bem como sustentá-la em sua missão, decidimos traçar algumas metas de promoção do sistema do dízimo em nível diocesano, com o objetivo de fortalecer uma caminhada conjunta, mediada por uma linguagem e uma metodologia comuns, em toda a Diocese Piracicaba.

13 - Dimensões da ação evangelizadora do dízimo

As dimensões do dízimo está profundamente relacionado à vivência da fé e à pertença a uma comunidade eclesial.

Dimensão Religiosa: reconhecer que Deus é o Senhor de todas os bens.

Dimensão Eclesial: manter as estruturas eclesiais no âmbito Paroquial e Diocesano, levando os fiéis a ter consciência de ser igreja de assumir o seu papel na vida comunitária.

Dimensão Missionária: partilhar os recursos, para o crescimento do Reino de Deus, tornando o cristão responsável por sua comunidade, e sabe ajudar os mais necessitados.

Dimensão Caritativa: serviço de caridade, manifestada com ajuda aos pobres, é uma dimensão constitutiva da missão da igreja, mas sendo assim expressão da própria essência. O dízimo fornece condições para a “organização articulada “

As Finalidades do Dízimo: decorrem de sua natureza e de suas dimensões. São para vida da igreja em determinadas pela legislação canônica. O dízimo dos fiéis são, para os fins da igreja: cultos, sustento do clero, e demais ministros, praticar obras da caridade. O Código do Direito Canônico estabelece que todos “os fiéis tem obrigação de socorrer as necessidades da igreja”.

14 - Verificando a realidade de nossa Diocese

As Diretrizes e orientações pastorais aqui apresentadas em relação ao Dízimo emergiram do apelo verificado na realidade diocesana. Elas têm por objetivo dar unidade de linguagem e de metodologia à Pastoral do Dízimo na Diocese de Piracicaba.

O Dízimo é uma prescrição bíblica (Gn 14,18-20; 28,22; Lv 27,30; Ml 3,6-12; Mt 23,23; Hb 7,5; etc.): gratidão a Deus, confiança na Divina Providência, assistência aos pobres, solicitude para com o templo, sustento dos ministros religiosos. Ele tem raízes na tradição da Igreja e responde ao dever dos fiéis de “socorrer às necessidades da Igreja” (CDC can. 222).

A implantação e fortalecimento do Dízimo é meio evangélico e pastoral, para fortificar a consciência da Igreja como comunidade de fé, culto e caridade.

Deve-se usar o termo “Dízimo”, considerando-se a tradição bíblica. Seja usada, também, a expressão “ofertar o Dízimo”, ao invés de “pagar o Dízimo”, já que não se pode pagar a Deus por tudo o que dele recebemos. De outro lado, vale a expressão “receber o Dízimo”, em vez de “cobrar o Dízimo”.

O Dízimo e as ofertas são as duas formas mais significativas e fundamentais para a manutenção da vida eclesial das comunidades. O Dízimo, além de manifestação do sentimento religioso, é expressão de gratidão a Deus pelos dons recebidos, de solidariedade para com os pobres, de colaboração com a ação evangelizadora da Igreja e de sobriedade no uso dos bens da criação. A oferta tem sentido litúrgico de participação nas oferendas do altar. Isso vale também para as coletas especiais determinadas pela CNBB e pela Santa Sé, para coletas emergenciais, em favor de pessoas necessitadas. As ofertas feitas nas coletas são de caráter espontâneo e esporádico.

O Dízimo é uma “contribuição sistemática, de compromisso moral com a comunidade e fixado de acordo com a consciência formada de cada um”(CNBB Est. 8, 4.4).

Todos os outros meios de manutenção da vida eclesial (festas, bingos, almoços, campanhas, etc.) são supletivos. Não devem servir para o sustento normal da comunidade. É importante recuperar o sentido religioso e espiritual das festas dos padroeiros, buscando que tenham caráter de celebração e de confraternização.

O Dízimo tem caráter pessoal e não familiar. Apesar do termo usado – Dízimo, isto é, décima parte – não se determina o valor a ser devolvido. Biblicamente, o Dízimo é dez por cento de tudo o que do Senhor se recebeu, porém o próprio dizimista estabelecerá o valor do seu Dízimo mensal.

Na devolução do dizimo permanece sempre o critério bíblico: “Cada um dê segundo a decisão do seu coração” (2Cor 9,7). A motivação última e mais profunda do sistema do Dízimo não é financeira, mas evangélica, teológica, eclesial e pastoral. A devolução do Dízimo deve favorecer ao fiel a experiência mais explícita da fé, da esperança e da caridade.

15 - Orientações Pastorais para Implantação e Manutenção do Dizimo

No momento dos estudos descobrir valores, saber garimpar. Na implantação do dízimo/manutenção observar os três tipos de pessoas:

Os querem, mas não sabem;

Os que não sabem, mas querem;

Que os que sabem que querem.

Antes de tudo chamar os coordenadores das pastorais e movimentos/ associações para uma grande reunião onde devem ser apresentadas as propostas para um bom trabalho de implantação, investimento e sustentação do Dízimo.

Estes serão os catalisadores de novas ideias, novas abordagens, vestir a camisa.

As pastorais: estudos definições modificar dar novos sentidos por meio da força do Evangelho as pastorais devem fazer chegar às famílias por meio das celebrações das missas e orações tendo as opções nesta as Missas temáticas/movimento momento de reflexão no final e com os membros que optaram pelo dízimo trabalhar estudar incentivar 9 pontos:

1o. Intuitivos;

2o Comunicativos;

3o Apaixonados;

4o Talentosos;

5o Criativos;

6o Iniciadores;

7o Responsáveis;

8o Generosos;

9o Influentes.

1 - INTUITIVOS

Percebem coisas que os outros não compreendem. Podem reconhecer um ponto falho, e, sabem dar um salto – transformando a desvantagem em vantagem. Sabem reconhecer a liderança de novos e talentosos voluntários.

2 - COMUNICATIVOS

Sabem e dizem o que os outros membros da Pastoral não dizem, fazem isso para todos seguirem em frente, mesmo enfrentando vários desafios.

Eles sabem inspirar e motivar outros membros. Estes sabem a hora que um membro precisa de um empurrão, de um pontapé ou mesmo de um tapinha nas costas.

Estes sabem fazer os membros darem um salto de qualidade, conversando, motivando e inspirando os demais.

3 - APAIXONADOS

Sentem o que os demais não sentem. São apaixonados pelo que fazem e querem compartilhar esta afeição com seus membros. São de um entusiasmo contagiante, motivando a equipe ao sucesso.

Muitas vezes não bastam textos, ou exemplos, mas o entusiasmo fala mais alto. O entusiasmo faz a equipe ter um rosto completo.

4 - TALENTOSOS

Fazem o que outros não fazem, pois, a habilidade é um dom natural. Não é possível crescer se não houver pessoas com talentos especiais, pois faltará os que olham mais longe – e influenciam os demais membros.

Lembrando: você não pode oferecer o que você não tem.

5 - CRIATIVOS

Uma pessoa tem que ser criativa, pensando o que os outros não pensam. Muitas vezes os membros fazem coisas mecanicamente (ou por impulso), mas os criativos fazem e pensam de forma diferente, buscando sempre inovar para tornar tudo melhor.

Estes não têm medo de mudar o rumo das coisas.

6 - INICIADORES

Descobrir pessoas criativas, mas descobrir que as vezes nem todas as suas ideias serão colocas em prática.

Os iniciadores: não são apenas criativos, mas são disciplinados em suas ações, pois seu prazer é fazer as coisas acontecerem.

O resultado é que eles se movem e levam consigo toda a equipe.

7 - RESPONSÁVEIS

Carregam o que outros não carregam sozinhos, é como se tudo fosse assim: “se tem que acontecer, deixa comigo”, mas é necessário tomar muito cuidado, pois a pessoa responsável não é dona.

Lembrar: estes não são apenas os consultores, ou apenas recomendam, pois na verdade são responsáveis por fazer acontecer.

8 - GENEROSOS

Estas pessoas têm uma marcar especifica que é sua disposição de ceder a si mesmo para realizar uma tarefa. Usam seus recursos e dons para o bem da equipe. Mostram o bom caminho, levando a equipe a vitória.

9 - INFLUENTES

Será seguido pelos demais membros da equipe, exercendo sua influência que vai muito além da sua própria equipe. Esses vão sempre exercer uma influência levando a equipe ao sucesso.

Se você perceber em sua Pastoral pessoas com essas 9 características: anime-se, pois terá sucesso em seus trabalhos, não só com o dízimo.

16 - Como agir durante a implantação do Dízimo?

FORMAR a Coordenação Paroquial do Dízimo com, pelo menos, 5 (cinco) membros.

INSTRUIR/ CAPACITAR essa Coordenação de forma que tenha conhecimento sobre o assunto “DÍZIMO”.

INVESTIR na divulgação do dízimo através de folhetos explicativos, cartazes, bandeirolas, etc, objetivando criar expectativa de algo que logo mais vai acontecer.

CONSCIENTIZAR todos os paroquianos em CELEBRAÇÕES DO DÍZIMO/Celebração da Partilha num Domingo de cada mês, escolhido pela própria Pastoral.

DISPOR de MATERIAL DE APOIO (ficha cadastral, ficha financeira, recibo, ou, carnê e/ou, envelope, etc) para atender no “PLANTÃO DO DÍZIMO” após a Celebração, os fiéis dizimistas.

É importante que a Equipe escolha e apresente aos dizimistas os meios de devolução, podendo ser escolhido, as missas da partilha no ato do ofertório, Plantão das Santas Missas e/ou na Secretaria Paroquial.

A manutenção do Dízimo é um grande desafio para a equipe paroquial, cabendo- lhe ajudar os fiéis a manterem o compromisso assumido. Faz-se necessário, por parte do pároco e da Equipe paroquial, empenho e criatividade para dar continuidade à missão da Pastoral do Dízimo junto aos dizimistas e aos novos colaboradores.

17 - Relação entre Secretaria Paroquial e Equipe da Pastoral do Dízimo

Cabe à secretaria paroquial:

Dar suporte à Coordenação Paroquial do Dízimo, especialmente, para os que fazem o Plantão do Dízimo, colocando em uma “Caixa” ou “Gaveta” da Escrivaninha, todo o material necessário como: Caneta, Fichas de Cadastro, Carnê ou Bloco de Recibo;

Receber o Dízimo daqueles que preferem devolvê-lo na secretaria;

Transcrever, através do programa de informatização - Gestão Paroquial - para a “Ficha Financeira” de cada dizimista, o valor recebido no mês;

Auxiliar na atualização dos dados dizimistas aniversariantes de cada mês;

Trabalhar conjuntamente na expedição de cartões de aniversários (assinado pelo Pároco/ administrador(a)/coordenador(a) paroquial) com antecedência mínima de uma semana;

18 - Plantão do Dízimo

Prestar informações ou dar esclarecimentos às possíveis dúvidas que os paroquianos tiverem;

Preencher a “Ficha de Cadastro” (uma só vez para cada dizimista);

Orientar que o valor do dízimo deve ser aquele que o coração e a consciência indicarem;

Nunca, o plantonista poderá dizer, nem mesmo sugerir, de quanto deve ser o dízimo do fiel;

Receber o dízimo em nome da comunidade;

O dízimo recebido deverá ter sigilo. Não tecer comentários, nem mesmo entre os membros da Pastoral do Dízimo;

Após receber o dízimo, agradecer ao dizimista, independentemente da quantia devolvida.

19 - As modalidades de contribuição:

Diante das características da Diocese de Piracicaba, são previstas duas modalidades de contribuição:

a) Contribuição mensal;

b) Na região predominantemente rural, contribuição por ocasião do que se produz.

Para o Dízimo arrecadado, tenha-se um controle simples e eficaz, a fim de que haja transparência na prestação de contas mensal. As modalidades de controle vão desde uma simples listagem, até carnês ou recibos em duas vias. Tudo sendo programado com o parecer do Conselho de Assuntos Econômico Paroquial(CAEP). A informatização da contabilidade facilitará o processo.

A Comunidade deve ser informada mensalmente sobre o movimento financeiro do Dízimo, ofertas e demais entradas, mediante prestação de contas.

Cada Paróquia e Comunidade repassarão à Diocese 10% e 5% para o Seminário, de tudo que entrar em suas receitas.

20 - Orientações Pastorais para organização da Equipe Diocesana do Dízimo

A organização da Pastoral do Dízimo deve acontecer em três níveis:

Coordenação Diocesana;

Coordenação por Região Pastoral;

Coordenação Paroquial.

Cabe à Coordenação Diocesana articular as ações pastorais assumidas em assembleia, bem como, acompanhar e dar apoio às Paróquias e Comunidades.

As Coordenações do Dízimo, nas Paróquias, devem ser ligadas ao Conselho de Assuntos Econômico Paroquial(CAEP) e ao Conselho Pastoral Paroquial, de modo que todas as fases sejam planejadas em conjunto e haja o controle de todo o movimento financeiro, nos termos do Plano Diocesano de Pastoral.

20.1 - Objetivos

Desenvolver atividades que sensibilizem e despertem nos fiéis o sentido de pertença à comunidade, o espírito de partilha, de tal modo que se possa criar consciência de verdadeira comunidade;

Proporcionar, em caráter permanente, aos integrantes da Pastoral do Dízimo de todos os níveis, meios que lhes evidenciem a mística e a espiritualidade do dízimo e das ofertas, através de encontros de formação;

Oferecer subsídios às coordenações de regiões e paroquiais, para evangelizar os cristãos católicos sobre a origem bíblica do dízimo e das ofertas, como expressão de agradecimento a Deus pelos imensos dons recebidos;

Esclarecer sobre a finalidade do dízimo e das ofertas e sua aplicação nas dimensões religiosa, social e missionária.

20.2 - Atividades Permanentes

Auxiliar na estruturação da coordenação diocesana, regional e se necessário paroquial da Pastoral do Dízimo;

Elaborar subsídios para as coordenações regionais e paroquiais, tais como cartilhas, cartazes e folhetos que auxiliem na sensibilização e orientação sobre o dízimo e a oferta;

Estabelecer subsídios referentes a dízimo e ofertas para a catequese;

Visitar as regiões pastorais e as paróquias para orientar na organização e revigoramento das atividades relacionadas ao dízimo;

Realizar quatro encontros anuais com as regiões pastorais e suas paróquias para troca de experiências;

Realizar, no mínimo, uma miniassembleia por ano, com todas as lideranças da pastoral dízimo;

Reunir-se mensalmente no Centro Diocesano de Pastoral para o planejamento e avaliação das atividades;

Manter atualizadas as fichas cadastrais dos coordenadores de regiões e paroquiais da Pastoral do Dízimo;

Estabelecer metas em conjunto com as regiões pastorais e paróquias, visando conquistar novos dizimistas;

Acompanhar estatisticamente a evolução do dízimo e das ofertas nas paróquias e regiões pastorais;

Utilizar sistemas de computação e multimídia para subsidiar as paróquias nos trabalhos das pastorais do dízimo;

Usar as técnicas de “marketing católico” para que não ocorra estagnação do sistema dizimal e se mantenha a perseverança dos dizimistas;

Promover campanhas junto à mídia católica para divulgar amplamente o dízimo e as ofertas.

21 - Orientações para a Coordenação da Pastoral do Dízimo Paroquial

Para o bom desempenho dos trabalhos da Pastoral do Dízimo é fundamental que, em cada paróquia ou comunidade, exista um bem estruturado serviço de atendimento aos fiéis, sejam eles dizimistas já cadastrados ou, ainda, em potencial.

Igualmente, é importante que, entre outras coisas, haja uma perfeita integração entre os membros da equipe do dízimo e a secretaria paroquial. Ou seja, que a coordenação da equipe do dízimo da paróquia em entendimento direto com a(o) secretária(o) paroquial defina quais serão os membros da equipe que deverão ser contatados durante a semana, sempre que surgir alguma pessoa interessada em informações mais detalhadas, ou mesmo, em se inscrever como dizimista.

Cada igreja, capela ou comunidade formará uma equipe da Pastoral do Dízimo. Esta equipe deve ser integrada pelo próprio pároco, leigos/os fiéis dizimistas e coordenadores/as de capelas e/ou comunidades.

Esta coordenação é formada por escolha entre os membros da equipe, com a aprovação e oficialização do pároco. A duração do mandato é de três anos, prorrogável por mais três.

A coordenação paroquial trabalhará em sintonia com a coordenação que, por sua vez, estará articulada com a Coordenação Diocesana da Pastoral do Dízimo.

21.1 - Objetivos

Esclarecer aos fiéis sobre a fundamentação doutrinal e bíblica do Dízimo, para a compreensão de que Dízimo não é esmola, mas dentro do sentido de pertença à comunidade, é colaboração, partilha que serve para o sustento do sacerdote e das necessidades da paróquia, no desenvolvimento das ações de caráter religioso, social e missionário;

Promover a corresponsabilidade da comunidade despertando os fiéis para o sentido comunitário da contribuição mensal do Dízimo;

21.2 - Atividades Permanentes

Quanto ao atendimento ao dizimista/paroquiano

Organizar uma escala de atendimento entre os membros da equipe, para atuação não apenas durante as missas dominicais, mas, inclusive, durante toda a semana, considerando-se uma adequada integração e conhecimento entre a secretária ou secretário e os integrantes da equipe do dízimo.

Quanto ao Arquivo cadastral de paroquianos/dizimistas

Elaborar fichas cadastrais dos paroquianos em geral, com informações pessoais e dos familiares diretos dos paroquianos, as quais subsidiarão os trabalhos típicos de uma boa gestão da paróquia, servindo inclusive, para os contatos da equipe do dízimo.

Organizar um arquivo para as fichas cadastrais, seja por meio eletrônico ou não, que se constitua num sistema de controle transparente, público e confiável; constar informações pessoais e dos familiares diretos dos paroquianos, as quais subsidiarão os trabalhos típicos de uma boa gestão da paróquia, servindo inclusive, para os contatos da equipe do dízimo.

Organizar os instrumentos para coleta do Dízimo: envelope ou carnê. O envelope deve ser personalizado da paróquia. Nele o dizimista escreve seu nome, mês da contribuição e valor; introduz o dinheiro ou cheque no interior do envelope e deposita em uma urna ou entrega aos membros da equipe do Dízimo.O carnê, deve ser elaborado com 12 (doze) ou 13 (treze), fichas correspondentes aos meses do ano e ( ao 13o caso a Comunidade tenha essa prática), as quais se constituem de duas ou três partes picotadas, uma das quais ficará fixa no carnê no ato da contribuição. Os carnês, a critério de cada paróquia ou comunidade, podem ficar com o próprio dizimista, ou são mantidos em arquivo na secretaria ou sala do Dízimo, na secretaria da paróquia.

- Organizar e realizar reuniões da equipe do Dízimo, com periodicidade para avaliação das atividades na paróquia.

Quanto à conscientização e formação

Felicitar os aniversariantes de nascimento e ou casamento e datas comemorativas;

Fazer visitas domiciliares aos dizimistas;

Utilizar as novas tecnologias, para felicitações e contato como os dizimistas;

Dinamizar a Semana do Dízimo, uma vez ao ano;

Divulgar por escrito o Balanço Geral do Ano;

Divulgar o Balancete Paroquial Mensal através de Editais da Igreja Matriz, Comunidades Urbanas e Rurais;

Reunir-se, mensalmente, com a Coordenação do Dizimo da Paróquia;

Organizar Encontros Paroquiais;

Ressaltar a conscientização do Dízimo durante o domingo mensal do Dízimo, com a inclusão, nas celebrações, de cantos, oração ou mensagem sobre o Dízimo, lembrança dos dizimistas aniversariantes do mês, respeitando sempre a liturgia própria do domingo;

Esclarecer, de forma gradual, oportuna e fundamentada a importância do Dízimo, durante a Catequese;

Implantar, em todas as comunidades, em unidade com a Pastoral Catequética, o Dízimo Infanto-juvenil/Mirim;

22 - Como Organizar?

Embora admiremos os feitos conquistados de maneira solitária, a verdade é que, sozinho, nenhum indivíduo consegue realizar algo de valor. A crença de que uma única pessoa pode fazer algo grandioso é um mito. Nada sozinho foi alcançado por um indivíduo agindo sozinho, é um número muito pequeno que para se alcançar a grandeza. Você não pode fazer nada de valor real sozinho.

Um provérbio chinês diz que “por trás de um homem capaz sempre existem outros homens capazes”. A verdade é que o trabalho em equipe está no cerne de qualquer grande feito.

Foi por esse motivo que o presidente Lyndon B. Johnson (36º Presidente dos Estados Unidos), disse: “não existem problema que não possamos resolver juntos, mas sozinhos, poderemos resolver apenas alguns”. Assim podemos concluir que, pode parecer um clichê, contudo é verdade: os indivíduos participam do jogo, mas são as equipes que vem o campeonato.

O líder realmente grande demonstra sua grandeza na habilidade de vivenciar o grande Mandamento de amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo (Mt 22,36-40).

A grande missão de fazer discípulos (Mt 28.18-20) também se pode entender como profundamente relacional, uma vez que define o discipulado como Jesus o definiu: uma relação comprometida e pessoal.

Sete relacionamentos são fundamentais para nos transportar da condição de bons para excelentes. Ninguém será um líder que verdadeiramente brilha se não se sobressair em cada um deles, se relacionando bem com:

1. Jesus Cristo;

2. Consigo mesmo;

3. Sua família;

4. Um grupo pastoral;

5. Sua equipe (para um pastor, isto seria sua equipe pastoral);

6. Um líder pastoral, discipulador ou mentor;

7. Amigos íntimos.

Visualizemos os sete itens acima através de uma estrela. O centro dela é Jesus Cristo e nada pode tomar o Seu lugar de destaque. Devemos estar e permanecer n’Ele para fazermos a diferença e brilharmos. O verdadeiro filho não pode fazer nada de si mesmo (Jo 5,19). Isso se aplica a nós e não apenas a Jesus. Ele esclarece isso quando diz que sem ele não podemos fazer coisa alguma, que não podemos dar fruto sem permanecer nele (Jo 15,4-5). A prioridade deste relacionamento fica claro no Grande Mandamento do amor, e no chamado a buscar a Ele e sua justiça em primeiro lugar, sabendo que todas as outras coisas serão acrescentadas (Mt 6,33).

Em segundo lugar, o líder estrela se relaciona bem consigo mesmo. Gosta de si mesmo, sem ser orgulhoso. Leva a sério a advertência de Paulo para Timóteo “Cuide de si mesmo…” (1 Tm 4,16). Cuida de sua saúde física, emocional e espiritual. Ele se entende. Conhece seu chamado, dons e pontos fortes, como também suas vulnerabilidades e fraquezas. Ele se esforça em crescer, em se afiar e não se acomodar, ao mesmo tempo que fica patente que isso é a graça de Deus agindo nele e não apenas o seu próprio esforço (1 Co 15,10).

Uma terceira prioridade, após Deus e o cuidado consigo mesmo, é ter uma família que brilha, onde o mistério do amor entre Cristo e a Igreja se revela no amor entre marido e mulher. Refletir o Reino de Deus e desfrutar disso em casa é fundamental para a vida e ministério de qualquer líder pastoral. A família é como um farol que não pode ser escondido, sua saúde e alegria (ou a falta do mesmo) sendo evidente. Se ela não está bem, levanta sérias perguntas quanto à integridade e validade do ministério do líder. Quando brilhamos nisto, as pessoas são atraídas a nosso casamento e família, vendo-o como um exemplo num mundo que carece terrivelmente disso.

Em quarto lugar, o líder estrela precisa de um grupo pastoral que o ame, o aceite e nutra; que o ajude na prestação de contas e ande junto dele no dia-a-dia, encorajando-o, fortalecendo-o e, quando preciso, confrontando-o em amor. Esse grupo cumpre as palavras de Paulo quando ele diz aos presbíteros de Éfeso “Cuidem de vocês mesmos…” (At 20,28). Para funcionar bem é interessante que o grupo seja pequeno mesmo, um grupinho de 3-4 pessoas, onde todos realmente se conhecem, abrem seus corações e cuidam uns dos outros, até de forma preventiva para que problemas maiores nem apareçam.

Em quinto lugar, todos temos um chamado e precisamos de uma equipe/pastoral para realizá-lo. Ninguém vai longe sozinho. Precisamos de parceiros, aliados, com o mesmo chamado e que nos provocam, estimulam e complementam; aliados que nos apoiam nos momentos em que o desânimo nos acomete e nos protegem de nossos pontos fracos. Um grande segredo para o sucesso como líder é ter um co-líder, um sucessor, um escudeiro que o acompanha, o seu braço direito. Através desta equipe realmente estendemos o Reino de Deus para outros.

Em sexto lugar, o líder estrela tem um mentor que se importa com ele. Um mentor ou líder pastoral é alguém que fornece um ambiente de amor e aceitação, onde ele incentiva, exorta, desafia e provoca uma transposição do ordinário para o extraordinário. Ele acredita profundamente em nós e tem uma graça especial para ministrar à nossa vida. Encontros com esta pessoa são frequentemente divinos, quando Deus revela o Seu poder, sabedoria ou presença de forma especial.

E em sétimo e último lugar, um excelente líder tem amigos íntimos, cuja relação não se baseia no ministério. Esses amigos esclarecem e ressaltam que existe uma vida além do ministério que é preciosa e precisa ser desfrutada. Amigos são pessoas com as quais abrimos nossos corações; que têm liberdade especial para nos corrigir ou confrontar em amor, especialmente quando somos tentados a exagerar em nossos envolvimentos ministeriais. Esses amigos nos ajudam a lembrarmo-nos de que somos “gente” e que precisamos ter momentos de simplesmente desfrutar disso!

Quantos, desses sete relacionamentos, funcionam bem em sua vida? Realmente vale a pena investir nestas áreas; o retorno será sempre bem maior que nosso investimento. Se houver alguma ponta da estrela que nem existe em sua vida, corra atrás dela! Não fique acomodado, não se contente em ser apenas bom. Pesquisas mostram que a área onde pastores e líderes sentem mais carência é em sua relação com Deus. Além disso, a maioria dos líderes tem fraqueza na área da família e, muitas vezes, as outras cinco pontas sequer existem!

Se estes relacionamentos não existem ou não andam bem em nossa vida, é porque não investimos seriamente neles. A Bíblia diz que se buscarmos, encontraremos. Se procurarmos, acharemos. Se batermos na porta, abrir-se-nos-á (Mt 7,7). Se não desistirmos, se realmente formos sérios em nossa procura, Deus acabará revelando-nos quem deve preencher a lacuna que existir nessa estrela.

O sucesso, a realização pessoal e a felicidade dependem de nossa capacidade efetiva de relacionamento, pois quando pessoas especiais tocam a nossa vida, elas nos abençoem com seu amor e sua alegria por meio de tudo que oferecem. Quando pessoas especiais tocam a nossa vida, elas nos ensinam a viver.

Façam aos outros o que querem que eles façam a vocês (Mt 7,12) Nesse breve mandamento, Cristo ensinou dois pontos sobre a evolução dos relacionamentos humanos: devemos decidir como queremos ser tratados; em seguida, precisamos começar a tratar os outros. Se quer que as pessoas tratem você corretamente faça o mesmo com elas. Em muitos casos, sua atitude mudará a delas.

Pare de acusar os outros e tentar se justificar. Tente ser fonte de inspiração e exemplo, mostrando a atitude mais apropriada para a ocasião. Tome a decisão de não ser pessoa que apenas rege, mas a que toma a iniciativa.

As pessoas mais felizes são aquelas que investiram seu tempo em outras pessoas. As mais infelizes são as que ficam se perguntando o que o mundo precisa para fazer para proporcionar-lhes felicidade. Esqueça-se de você para poder ajudar os outros.

23 - Por que implantar o dízimo?

O sucesso do dízimo depende de o mesmo ser uma opção consciente da comunidade. Não adianta se ele for apenas mais um mecanismo de arrecadação competindo com festas, bingos, rifas, eventos, etc.

Pontos que ajudam a organizar o Dízimo.

- Antes da reflexão de conscientização nas missas, pelo agente diocesano da pastoral do dízimo, é absolutamente necessária a realização da reunião de conscientização com os agentes paroquiais.

- Escolher pessoas interessadas e convencidas do valor do dízimo.

- Preparar-se bem, vendo outras experiências onde funciona o dízimo.

- Sem nunca impor, mas ajudar a sensibilizar os fiéis por esta Pastoral.

- Esclarecer a comunidade por meio de palestras, faixas, folhetos e o bom uso dos Meios de Comunicação Social (feito tudo por leigos).

- Aproveitar o que existe: Novenas, Grupos de Reflexão, Capelinhas...

- Fazer celebrações litúrgicas sobre o dízimo.

- Preparar fichas e cadastro da família dizimista. Não complicar nada.

- Antes e depois das celebrações, alguém da Equipe atende às pessoas sobre o dízimo, pois muitos aproveitam a ida à igreja para contribuir com seu dízimo.

- Lembrar sempre que o dízimo requer muita paciência, muita motivação e tempo. Não forçar, mas trabalhar a consciência dos católicos dando boa fundamentação bíblica.

- Deixar claro que quem atua na Equipe de Pastral do Dízimo não deve preocupar-se em atingir o bolso dos fiéis, mas o coração deles.

- Não afastar ninguém da comunidade por causa do dízimo.

24 - Disposições finais

Caberá ao pároco acompanhar os trabalhos da Pastoral do Dízimo em todas as suas etapas, zelando para que tudo seja feito de acordo com as Diretrizes da Diocese e mesmo da pastoral.

A Pastoral do Dízimo exige uma ação contínua, quer para motivar os dizimistas, quer para atingir os que ainda não o são. É necessária uma constante formação dos membros da equipe que estiverem a serviço dessa Pastoral.

A ideia de prêmios, sorteio de Bíblias, camisetas deveriam ser tiradas de cena, pois assim poderia criar uma exclusão sobre quem ainda não aceitou o Dízimo como compromisso evangelizador com Cristo e sua Igreja.

É obrigatória a implantação do Dízimo nas paróquias e comunidades da Diocese de Piracicaba. (cf. Doc. da CNBB)

Por fim:

O Dízimo é, sem dúvida, a melhor resposta que hoje podemos dar para que as nossas comunidades tenham o suficiente para cumprir como a missão de anunciar Jesus. É óbivo que a evangelização não se resume ao Dízimo, mas ela não acontecerá se não formos capazes de supercar o egoísmo e a avareza, colocando parte do que temos a serviço da Igreja.

25 - PARA A MISSA:

Fazer uma divulgação criativa que leve as pessoas a curiosidade, com cartazes, distribuição de folders na matriz, nas capelas, comércios, redes sociais;

Celebração, fazer uma acolhida alegre, com equipe da pastoral do dízimo nas portas em todas as dependências da igreja com cartazes motivando para que as pessoas aceitem o dízimo como parte de sua vida. A equipe esteja usando a camiseta própria da pastoral do dízimo;

Os cânticos podem ser alegres com temas do dízimo, da partilha e da comunhão;

A reflexão sobre o dízimo seja uma homilia breve, sucinta onde as pessoas se empolguem e descubram o verdadeiro sentido do Dízimo como uma bênção para a sua vida e de sua família;

Durante a homilia não falar sobre dinheiro, sobre contas, construções, mas falar de Dízimo como benção de Deus, como dom de amor a Deus e de fé. Para esse momento preparar um bolo(pequeno de fubá), para o momento da reflexão. O resultado é sempre surpreendente, pois a assembleia se solta e fica mais fácil para falar sobre o dízimo.

Que o dízimo é uma fonte inesgotável de bênçãos onde todos são chamados a mergulhar.

No momento das oferendas, trazer o altar os frutos conquistados com o Dízimo: material litúrgico, livros catequéticos, conclusão de uma obra, compra de um terreno para o novo prédio da igreja, o pão e o vinho e os cestos para as oferendas, que seja mais de um cesto, para a que as pessoas participantes se motivem a levantar e a trazer a sua oferta.

26 - ORAÇÃO DE CONSAGRAÇÃO DO DÍZIMO.

Senhor,

Fazei que sejamos dizimistas conscientes. Que nosso dízimo, seja um verdadeiro agradecimento, um ato de amor e um reconhecimento de tua bondade para conosco. Sabemos que tudo que temos de bom vem de ti: paz, saúde, amor, prosperidade e bens. Tirai todo o egoísmo do nosso coração. Que possamos amar cada vez mais os irmãos e irmãs. Queremos ser instrumentos de paz e amor em tuas mãos! Que o nosso dízimo seja abençoado.

Em nome do Pai + e do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Segue-se o Rito próprio da Missa

Oração sobre as ofertas;

Oração Eucarística;

Pai Nosso;

Comunhão (1 ou 2 espécies);

No final da celebração entregar, por exemplo, uma lembrança que faz as pessoas se lembrarem da celebração da importância do Dízimo em sua vida e na vida de sua família.

Durante as missas sempre estar lembrando a importância do Dízimo sem ser maçante.

Escolher um final de semana para falar do Dízimo, das suas necessidades e motivações para continuar sendo dizimista e convidando outras pessoas para que também façam essa opção.

27 - ORAÇÃO DO DIZIMISTA

Aceita, Senhor, como meu dízimo, a minha gratidão.

Quero ser membro ativo da Igreja.

O Senhor me dá tantos dons, a começar pela própria vida.

Eu quero devolver em forma de serviço, em forma de oferta.

Aceita, Senhor, o meu desejo de participar na missão da Igreja

de santificar, de ser anúncio da Boa Nova de Jesus,

de transformar o mundo para ser de Deus

e de todas as pessoas.

Aceita, Senhor, minha oferta, fruto do meu trabalho

e sacrifício de cada dia.

Não quero me omitir nem dar só uma esmola.

Maria, Mãe de Jesus e nossa,

dá a força de perseverar e de animar outras pessoas a ser dizimistas,

a comprometer-se efetivamente com o reino de Deus.

Amém!

Fontes:

- Bíblia de Jerusalém

- O Dízimo nas Comunidades, Orientações e propostas – Doc. CNBB 106;

- Diocese de Miracema do Tocantins, Diretrizes e Orientações Pastorais do Dízimo;

- Kornfield, David, O líder que brilha: sete relacionamentos que levam à excelência, 2007;

- Maxwell, John C., As 17 incontestáveis leis do trabalho em equipe, 2007;

- Felipin, E., Dízimos e Oferta na Igreja Católica

- Jornal Sou Dizimista, Editora Pão e Vinho, Ano 1, No. 01, 2016.

• - Estudo do documento 106 cnbb: "o dízimo na comunidade de fé - orientações e proposta"

Organização

Pe. João Carlos da Cunha

Animador Diocesano do Dízimo