Toma um café, e faz que esquece

Poucas coisas são tão arrastadas quanto o peso da dúvida. Eu estava propensa a escrever outra crônica falando sobre a constituição da república e lamentar mais um pouco os rumos dessa federação, mas lembrei de uma, escrita por mim em 2013, e que fazia uma alusão ao discurso de Chaplin no filme O Grande Ditador. Filme de 1940, crônica de 2013, e tanta coisa ainda postas nesse tabuleiro democrático. Ou não. Preferi não mexer nesse vespeiro e dar-lhes um pouco mais do meu infinito particular enquanto ouço Marisa Monte.

Não acho que haja em mim coisas tão interessantes assim para se contar, mas me proponho a externar meus pensamentos de alguma forma e aqui estou.

Eu percebi mais pessoas dando adeus à minha vida antes que 2017 termine, ano que começou com o fim de um ciclo mais difícil até então. Ano de despedidas. E junto a isso também andei percebendo quão dolorosa é uma das vertentes do silêncio, porque quando você entra na vida de alguém, seria no mínimo educado avisar que está saindo. E esse não falar beira a judiação. Né não?

Eu tenho sorte em ao menos ser aquela que continua. Sabe-se lá porque mas opto sempre pela honestidade, e caso alguém me prejudique por isso, o problema estará nesse alguém. Não em mim.

Mas se permite, quero desabafar só um pouco: eu estou cansada de tanto “adeus”. Ando precisando de mais “olás”, de preferência de quem queira ficar.

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 16/11/2017
Reeditado em 17/11/2017
Código do texto: T6173489
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