DAS COMPLEXIDADES EXISTENCIAIS

Sparkline 43953

Quinta-feira, 16 de Novembro de 2017

Se fosse possível medir as nuances que a vida nos brinda, apresenta, oferece e expressa, talvez pudéssemos entender tantas coisas que não o conseguimos. E a referência aqui são sobre as circunstâncias que nos rodeia, envolve e surpreende.

Assim, dentro dessa possibilidade de mensurar tudo aquilo que acontece com todos nós durante nossas vidas, as coisas ficariam mais fáceis para todos. Mas não é o que acontece. Até pelo contrário. Porque muitas delas não possuem, sequer, explicações.

Mas de uma coisa tenham plena certeza, todos, o ser humano complica mais do que simplifica. Além de ser um paradoxo tudo isso, ainda forma um extremo e extenso círculo vicioso, porque fugindo à naturalidade de tudo, reclamamos e não agimos dentro daquilo que se deve e espera. Dessa forma, tornando tudo mais difícil.

Aí, perdemos grande oportunidade de ter uma vida muito melhor do que a que temos. Porque, a bem da verdade, não é assim. Encontramos e esbarramos mais com dificuldades do que outra coisa. E as amofinações são diversas e muitas, tirando-nos do sério na maior parte das vezes.

Mas qual seriam as causas disso tudo? Esta não deixa de ser uma indagação cabulosa, cuja resposta nem é tão difícil de se dar. Poder-se-ia dizer que a ausência da sinceridade entre todos é a causa maior dessa problemática. Mas também o egocentrismo haja em igual proporção com ela.

Então só podemos esperar controvérsias entre todos. Porque se cada um procura agir de forma unilateral, puxando para si a razão das situações, desconsiderando o respeito mútuo, tal conta não fechará nunca. Apresentará, sempre, um resultado irregular e incerto, dificultando a vida neste nosso cotidiano e gerando situações incômodas, infelizes, tristes e até fatídicas, ao final.

E em se tratando da humanidade, pelo tempo que ela já existe, seria de se esperar que muitas das coisas que acontecem nesta vida nesses dias atuais, já não deveriam e nem poderiam mais acontecer. Mas estamos ainda muito longe dessa condição. Quiçá nunca a teremos. Porque a cada dia que passa o ser humano se distancia de si mesmo, transformando-se numa individualidade muito mais acentuada daquela que deveria existir nele.

Fechando uma assertiva um tanto quanto ousada, dir-se-ia que um outro fator incide sobre nós: a indiferença ao alheio e ao próximo. E isto se configura porque a dor do outro nunca dói em nós.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 16/11/2017
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