AMIZADE. SOMOS MUITO MAIS DO QUE PERCEBEMOS.

A força potencial que habita o ser humano é imponderável. Concentrada em determinação quando flui naturalmente,

Agradecer a amizade é uma das necessidades que se revigora na passagem do tempo em sua voraz velocidade. Uma determinação da natureza a que devemos nos curvar e saudar com galas e pompas.

Há muito de subjetivo naquilo que não se pode perceber e para outros subsiste clareza absoluta.

Amizade é eflúvio dos deuses. Sendo verdadeira, requisito principal, nasce espontânea, naturalmente. Não carece ser amanhada, cuidada com especiarias. Cai dos céus, só dá prazer. É como se a osmose presidisse a chegada desse nobre sentimento, que surpreende quando um desconhecido se torna conhecido, e amigo.

Disse uma amiga desaparecida que a amizade seria como “gambás que se cheiram”. Estamos diante da amizade definida e sua consolidação. Por quê? Por conhecerem sua grei os que se tornam amigos. A afinidade preenche todos os espaços.

Ninguém gosta ou se aproxima dos que incomodam por desigualdade de princípios ou investidura em condutas repelidas, ou mesmo ausência na comunhão de ideias básicas do convívio humano.

Contradição que faz crescer é desejável por ser criadora, movimentou e movimenta o mundo e o saber, é diversa do desrespeito que cede pela incompetência e desaparelhamento, e se cala quando mostrados os dentes, pois morde seu próprio rabo na arena do combate do pensamento, e sucumbe.

Embora a sabedoria seja limitada pela educação formal adquirida nas mais abrangentes ciências, a ciência de viver, o convívio dos mais simples até aos que detém significativas informações que envolvem vasta seara, é ponto básico nutriz de amizades. Somos todos maiores do que percebemos, para os amigos. A potencialidade não é ficção não moldada, o amigo a conhece em linear transparência. Essa estatura maior percebe-a o amigo, por ser amigo.

Agradecer a amizade é abrir a porta da festa da humanidade. Bom de dizer, se o mundo se formasse somente de amigos, por mais áspero fosse o desencontro de ideias, afastado da rudeza e servido na oferta da busca para melhor, o mundo não estaria vivendo o confronto que vive nos dias de hoje.

Agradeço ter podido fazer alguns bons amigos, forjados na têmpera de décadas, todos sabem quem está ao lado, com seus defeitos e virtudes que ninguém busca esconder, deixados visíveis como o sol, e os novos que caminham na mesma estrada. Caímos na velha máxima. A semeadura é opcional, a colheita obrigatória. Sempre agradeço a prodigalidade da colheita.

Somos maiores do que percebemos porque temos amigos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 15/11/2017
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