ONDE ANDA A CIDADANIA TUPINIQUIM EM PINDORAMA?

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Segunda-Feira, 30 de Outubro de 2017

   A bom juízo, será muito difícil o nosso país sair da situação em que se encontra. Pelo menos de uma forma serena e tranquila, como seria de se esperar. Porque o grau de degradação em que chegou e se encontra, nos impele a pensar e ver dessa forma: trágica, triste e, porque não dizer, vergonhosa.

  O nível de esculhambação passou dos limites, dando a impressão de que grande parte da população é e está envolvida nas mumunhas e maracutaias diárias. Participando e usufruindo das muitas manobras que perpetram. Desde um simples ocupar de um espaço público qualquer, uma calçada, por exemplo, mas até mesmo conseguir uma aposentadoria fraudulenta.

  A degradação plena instalou-se no Congresso Nacional, onde há marginais por todo lado, gente que não poderia estar ali de jeito nenhum, mas que foram colocados lá pela própria população nacional, que votou nesses. Daí não poderem reclamar como até tentam nesse cotidiano.

  Em sendo de péssimo nível o contingente legislativo, só se pode esperar que criem e façam leis capengas, que beneficiam, na maioria dos casos e das vezes, os marginais e criminosos no país. E eles mesmos usufruem dessas leis capengas, escapando delas, ficando impunes de seus próprios crimes.

  Os absurdos são tantos que fica difícil acreditar que existam, porque leis que atenuam as penalidades dos criminosos, não podem existir aqui e nem em lugar nenhum. Um dos casos mais comuns é a tal de anistia que se concede àqueles que deixaram de arcar com pagamentos de multas, taxas, impostos e que tais. Ao final são beneficiados por algumas delas, levando vantagem em relação àqueles que honraram seus compromissos nas datas certas. E isso, além de absurdo, é imoral.

   O que se observa no comportamento coletivo é a individualidade.  Quase o egocentrismo. E isso forma um tremendo de um paradoxo existencial, porque cada uma das pessoas nesse país só se preocupa com seu próprio umbigo, lixando-se para os problemas e dificuldades alheias, a ponto de ficar esperando perenemente as suas vezes chegarem naquilo que denominamos como locupletação na e da coisa pública.

   Os  políticos tupiniquins apoderaram-se dessa mesma coisa pública, usufruindo de vantagens diversas e variadas, coisas que não passam perto do direito coletivo do povão. E assim é que se vê absurdos e imoralidades extremas, onde o custo altíssimo é jogado nas costas da população, que os assume sem reagir e reclamar de nada, permitindo que se faça horrores ao erário. 

    Mas é preocupante observar-se um altíssimo grau de relapsividade, também coletiva, onde não se cumpre as leis vigentes em boa ou grande parte das vezes. Observa-se isso num simples atravessar de rua por parte dos cidadãos numa grande cidade. Desrespeita-se as regras, as normas, os regulamentos e leis de uma forma absoluta e absurda.

    A Justiça é e está emperrada de processos, alcançando o número de cem milhões deles. Onde grande parte permanece lá até por décadas, caducando na maioria das situações. E isso beneficia, também, ao infrator/marginal, que escapa das penalidades ao seus crimes.

    E voltando aos políticos, não é difícil perceber seus enriquecimentos ilícitos após saírem de seus mandatos ou da vida pública. Numa matemática simples, qualquer um de nós pode muito bem assegurar e comprovar os muitos trambiques que essa gente promoveu. Mas as leis não os pune por isso, permitindo que vivam soberanamente às custas do sofrimento de milhões.

    E antes que classifiquem tal assertiva como puro exercício da negatividade, rebate-se isso de forma imediata e lógica, exigindo uma contra partida dos leitores, no sentido de caírem na real e passarem a observar as coisas e os fatos desse nosso cotidiano, de uma forma objetiva, fria, consciente e atenta. E só. Mas não esquecendo de outros dois exercícios profundos: uma alto crítica e uma auto análise do que andam vivendo e fazendo. 

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 30/10/2017
Código do texto: T6157088
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