Enfim, a felicidade visitou-me

Hoje eu recebi uma visita de manhã cedo.

Bateu, bateu até que abri...os olhos.

Era a felicidade.

Entrou com os raios do sol.

Eu nem estava preparado, mal vestido, cabelos espalhados daquele jeito, espreguiçando-me ainda e o quarto por arrumar.

Eu me senti diferente.

Achei a vida bela, que tudo aconteceria da melhor maneira.

Que conseguiria sucesso em muitas situações durante o dia.

Ela tomou um gostoso café comigo.

Nós saímos juntos e parecia que todos olhavam para nós.

Não sei se eram os meus olhos que brilhavam mais ou a Felicidade fazia sinais para eles.

A manhã de trabalho foi uma delícia.

Todos conversavam.

Novos clientes surgiram, antigos ligaram e os atuais estavam cordatos e com novos negócios para fechar.

Num momento, observei a felicidade distraída olhando fotos no computador.

O almoço teve um cardápio especial.

Tempero de felicidade.

As conversas da infância e as gargalhadas.

Fechando o cardápio... Um cafezinho... Que estava no ponto.

À tarde, de trabalho foi melhor do que a manhã.

Daquela gostosa preguiça pós-almoço veio o alegre

Tagarelar das meninas felizes nas conversas da etiquetas

E das gafes do mundo atual.

Logo estávamos a mil por hora no trabalho e

Ele transcorrendo sem atropelos e sem entraves.

Nas despedidas, os abraços, beijos e desejos de um bom descanso.

O retorno para casa foi como ir de encontro ao melhor lugar do mundo.

A Felicidade acompanhava-me.

Chegamos em casa e enquanto eu preparava-me para o banho

Liguei a televisão e fui ao chuveiro assobiando...My Way.

Quando voltei a felicidade tinha ido embora, estranhamente sem se despedir.

Pensei, seria ela assim tão mal-educada?

Na televisão os noticiários... Vai de mal a pior...Matou um, dois, suicidou-se. Desabou. Corrompeu, Estuprou. Caiu.Bateu. Invadiu.

Mentiu.Afogou-se.

E no jantar...o café parecia fel.

A noite foi de pesadelos e confusões em minha cabeça.

****

Muitas vezes a Felicidade esvai-se não porque ela queira.

Mas porque não sabemos mante-la conosco.

Felicidade gosta de sorriso, de alegria, de pensamento positivo.

Então como não conseguimos te-la o tempo todo a transformamos em metamorfoses ambulantes, pode ser um nome, um telefonema, um caminho, uma trilha, a caridade, o cheiro, o suor, o abraço, o beijo, um crônica, uma poesia, uma música, palavras, mas gostosamente quando o meu olhar em silêncio diz ao teu olhar...eu te amo, meu amor.

Felicidade não se ensina, se descobre.

Robertson
Enviado por Robertson em 09/10/2017
Reeditado em 09/10/2017
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