O CORAÇÃO TEM SUAS RAZÕES

"O coração tem razões que a própria razão desconhece..."

Sábias palavras...

Mas... Quais serão essas razões?

Osculos e amplexos,

Marcial

O CORAÇÃO TEM SUAS RAZÕES

Marcial Salaverry

Existem frases que dizem verdades tão reais que ficam marcadas na memoria, como esta, que ouvi já há muitos anos:

"O coração tem razões que a própria razão desconhece..."

O fato, é que esta frase encerra uma grande verdade, pois o coração costuma pregar peças inesperadas, criando algumas situações meio inusitadas, quando sem mais aquela resolve se apaixonar de maneira, digamos, inadequada, e isso pode acontecer em diversas épocas de nossa vida.

A começar quando estamos nos bancos escolares, e resolvemos nos apaixonar por uma professora (ou professor, claro). Fica aquela situação meio esquerda, com suspiros pra tudo quanto é lado. E quando a professora percebe que aquele moleque está apaixonado por ela, com muita habilidade, tenta explicar para o garoto que as coisas não são bem assim, tenta explicar que em francês, “je t’aime” pode significar “eu gosto de você”, sem ser uma declaração de amor. Mas não é fácil fazer um garoto cheio de idéias de jerico na cabeça entender isso. E é uma baita frustração, podem ter certeza.

Na adolescência, muitas vezes nos julgamos apaixonados. E isso segue pela vida afora. Tanto podemos viver um amor permanente, ou diversos amores ocasionais. Sempre a reação será a mesma. O coração bate mais forte, as pernas tremem, e muitas vezes as palavras não saem como queremos. E é uma delicia quando acertamos na Loteria do Amor, e encontramos um amor em reciprocidade.

Mas, se nos apaixonamos pela pessoa errada, a tal da razão entra em atrito com o coração e tudo se complica, eis que o coração nunca sabe se vai haver reciprocidade no amor. Ele é meio burrinho, e muita vezes deixa-se dominar pelas emoções, nunca escutando a implicante da razão, que tenta mostrar que estamos entrando em fria. E se entramos de cabeça, o resultado será levar um gol no último minuto da prorrogação...

Mas também, muitas vezes a razão se engana, e acabamos por não viver um grande amor porque a ouvimos, e não demos bola para o coração. Eis aí o grande conflito. Se corre o bicho pega, e se para, o bicho come, e assim, o que ouvir? O coração, ou a razão? É hora de tentar usar um negocinho chamado discernimento, e analisar bem a situação, nunca esquecendo que não existem parâmetros a serem seguidos, pois cada caso é um caso, e não é porque um amor não deu certo, que nunca mais nenhum outro dará.

Nas questões de amor, temos que usar o meio termo. Seguir o coração, mas com a sintonia ligada na razão, para contrabalançar os efeitos, vivendo o amor, sem contudo, se entregar às loucuras da paixão. Sabendo observar os limites que poderão nos fazer sair fora da racionalidade, nunca esquecendo que para um amor ser vivido em plenitude, é preciso que haja reciprocidade. Um amor unilateral nunca dá certo. E é justamente para entender essa diferença, que temos que ouvir a razão....

E dessa maneira, para digerir melhor esse problema, nada melhor do que viver UM LINDO DIA, sabendo entender as tais das razões do coração...

Marcial Salaverry
Enviado por Marcial Salaverry em 07/10/2017
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