O QUE TODOS NÓS ASPIRAMOS?

A convergência das vontades limpas sempre foi o objetivo das nações. Nação é o Estado politicamente organizado, com raça, língua e povo.

Desde os primitivos grupos, que abriram mão de todas as liberdades existentes nas eras primitivas em prol da paz, quando e por isso surgindo o Direito Penal, não se conseguiu razoável e estável harmonia.

As posições lançadas pela inteligência acadêmica de várias estradas no andamento do tempo, mais ou menos restritivas, mais ou menos liberais, ou as absolutamente radicais e fundamentalistas, ou largamente liberais, em termos de direitos individuais e de princípios de mercado macro, não alcançaram fusão de seus melhores princípios em unidade para formalizar uma harmonia regional, entre Estados internacionais e universalmente desejável.

Caminhamos nessa corda bamba de pesos e contrapesos em total instabilidade, permanentemente.

Tornar sua razão absoluta, cada qual em seu “bunker” a frente dos comandos dos povos, das gestões estatais, dos grupamentos todos, acadêmicos precipuamente, fundir o racional com a realidade, parte necessariamente do pessoal para o coletivo, do singular para o plural.

É difícil? Sim, é quase impossível. Mas quanto mais houver essa aproximação que se plasma na renúncia da parte para atingir o todo, a unidade do todo que somos, visada e desejada, menos fará esgarçar o tecido social, já mais do que esfarrapado, esgarçado, rasgado enfim. O afastamento do “eu próprio”, estatal, grupal, acadêmico, é uma imposição. Que se reserve o que é bom de todas as escolhas.

Afirmar o afirmado que não avança, reformar sem antes ter formado, é desconstruir.Não se reforma o que não se formou antes. Em tudo existe o bom e o mal.

Seria a derrubada dos grandes sistemas filosóficos tradicionais?

Não há como retirar as estruturas básicas do pensamento filosófico clássico, tradicional, uma sustentação maior, somada por grandes escolas.

A filosofia avançou para a coloquialidade. É como o existencialismo, discussão de uma época. Resultou em qual resultado pragmático? Indiretamente, por analogia, em livros simplórios, ainda que de autoajuda, que nada ajudam, pois só o próprio buscador de ajuda pode se ajudar, dão ao menos referências, chavões, nortes fraseados. Isto é filosofia coloquial. É assim também no comando social-político. Todos querem e precisam de ajuda, todos estão perdidos.

A filosofia especulativa, concentradora da concepção mecanicista do universo, tem outra abordagem.

Idealismo e realismo continuam com o mistério não decifrado do destempero humano, o egocentrismo, a egolatria.

É necessário enxergar E PRATICAR a única forma de se ter paz e harmonia, sem a necessidade das regras punitivas. Amar.

É fácil verificar pelo exemplo que onde não há feridas não existem dores, onde não há confronto não existe guerra, enfrentamento.

É preciso educar. Qual educação para assim se conduzir? Se nascemos assim, limpos, inocentes, qual a razão da transformação? Quem deseduca a inocência de ser sorriso e amor como vivenciado pelas crianças, assim chegadas ao mundo?

O sentido da irracionalidade ególatra vai constituindo enredo filosófico de nomenclatura sugestiva: educa-se para o mal pelo número de maldades que passeiam pelo mundo. Só sob coerção, ameaça de ser encarcerado o ser humano, se desviando das normas do bem, o homem o bem praticará.

Caímos na realidade de que só o amor constrói, e que o homem não gosta de amar, de ser bom, quer ser um rude, ofender, desviar, violar, fraudar.

A conclusão será de que vem ao mundo um ser que não presta, precisa da ameaça de trancafiá-lo para não ser um bandido.

Que triste destino, pois nem com a ameaça quem não presta freia seus instintos ordenados para o mal.

Que fazer?

Existência concreta, o homem trancado em grades subjetivas, condenado a um silêncio absoluto pelo coletivo esperançoso, sem motivação grandiosa, um homem de existência sórdida, mas que se basta, não precisa de crenças, e mesmo um ser como Jesus está eliminado. E negado.

A vida ambivalente, plural em valores tradicionais quebrados, ao menos no existencialismo de Sartre foi diversionista. Valha como exemplo. O existencialismo, com outros nomes de relevo, teve em Sartre o centro de uma época, por seu estilo de vida quase um modismo.

O modismo que vigora sempre e hoje é o do mal.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 26/09/2017
Reeditado em 26/09/2017
Código do texto: T6125209
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