Livro... Ah Que Cheirinho Bom.

Minha fascinação por livros é imensurável. A Bienal, uma imensidão num mar de letras e personagens diversificados. E pensar que esperei quase três décadas para poder desfrutar de algumas horas do calor humano da fascinante III Bienal do Livro, na maravilhosa cidade de Itabaiana, no esplendoroso Estado de Sergipe.

Larguei tudo que tinha por fazer e prestei unicamente atenção a ela. Em meio à feira, vejo ao invés de frutas e legumes, livros, livretos e cordéis exposto nas bancas. O feirante é substituído pelos poetas, escritores, historiadores, Jornalistas, filósofos e Poetisas. Os renomes com os preços dos hortifrutigranjeiros e leguminosas são substituídos pelos banners de obras poéticas.

Em meio aos transeuntes, personagens dos contos literários invadem o cenário numa mescla de beleza e cores. É fascinação. É encantamento. É sedução literária. O vento que adentra o evento traz o cheirinho de livro novo às narinas dos intelectuais. É a minha quão sonhada e quão inesquecível primeira Bienal.

A voz da poetisa que declama um poema épico é tão linda que parece imitar o canto da sereia. Reparo como ela é completa. Plena em mimosidade e densa em talento. Tudo que vale a pena deve ser cultivado e aplaudido na medida certa, mas me pergunto quem foi que disse existir medida exata para o talento?

O perfeito é criado sem muita pressa e tornasse duradouro. Que seja sempre assim a nossa Bienal do Livro. Acolhedora quando chegamos, alimentados por tudo que está dentro dela. Saudade que no peito eclode quando a deixamos com veemente vontade de voltar no biênio seguinte, para que afinal possamos prestar única e somente atenção a ela... Ah, Bienal.



Marcos Antônio Lima
Enviado por Marcos Antônio Lima em 20/09/2017
Reeditado em 20/09/2017
Código do texto: T6120084
Classificação de conteúdo: seguro