A leveza de uma crônica

Tem vezes que as ideias nos faltam. Normal. Disso, buscam-se alternativas para solucionar o problema. Comigo, eu busco alguma teoria, a depender do caso, se couber. Por exemplo aqui. Já escrevi mais no passado (independente de com qual qualidade) e queria reativar essa atividade. Mas me faltava algo. Eu fiz o que qualquer pessoa faria em situações de dúvidas adversas: eu procurei no Google. E antes que você imagine que este texto seja mais um do tipo “não sabia sobre o que escrever então escrevi sobre não saber o que escrever”, calma, vem um plot twist.

Dizem as teorizações (de quem?) acerca de crônicas que elas são originárias de observações de fatos do cotidiano — seguido da opinião/interpretação/sensibilidade do escritor. Para que, então, venha a se desdobrar em alguns tipos pré-formatados de crônica (lírica, filosófica, argumentativa, etc). Outro recurso é o de buscar nos fatos atuais o tema da sua crônica, em meios de comunicação tipo jornal, revista, tv etc.

E é aí que tá. A minha impressão é que estamos há anos num eco ensurdecedor. Pode ser a razão de eu não ter escrito tanto nos últimos meses/anos. Vai lá procurar tema da atualidade pra ver o que encontra. É só desgraça pra todo lado. Acima, abaixo, dentro e fora. São ataques multidirecionais nos nossos sentidos. Estamos anestesiados com o excesso de informação — algo muito bom e muito ruim que a nova revolução tecnológica nos promoveu. O que não acredito ser novidade na história da humanidade. Só que agora percebemos mais, seja pelas mudanças nas próprias plataformas de recepção de conteúdo (redes sociais) ou porque envelhecemos e olhamos o que acontece ao redor com uma visão amadurecida.

Não vou me estender nesse tópico. Nem em quais são as coisas ruins que nos acometem. Apesar disso, crônicas continuam sendo escritas e publicadas a todo momento. Eu sei, “o problema é comigo, não é com você”. Ou ainda, você não sente esse torpor, não percebe o medo que rodeia o nosso futuro cada vez mais incerto, com ares de regressão secular na história. Tá bom, então. Quer dizer que você consegue enxergar outro mundo. Pode ser que a sua crônica seja melhor que a minha.

GaP
Enviado por GaP em 19/09/2017
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