Crônica diária de um barbudo #11

Bom dia.

Eu não iria mais dar sequência nessas crônicas, afinal todas elas foram baseadas em fatos reais. E já não tinha nenhum fato engraçado que não fosse diferente dos outros. Entretanto, eu decidi vim aqui hoje expor uma situação que aconteceu semana passada.

Professor, o senhor é de qual religião?, perguntou o aluno em tom de curiosidade esperando minha resposta para logo fazer outra pergunta.

- Cara, minha formação é católica, mas hoje não sou tão católico como antes. Hoje eu acredito em Deus e no amor ao próximo.

Nesse momento eu pensei que o papo seguiria para uma linha religiosa, e rapidamente tentei recapitular minhas falas na aula que acabara, se em alguma delas, dei a entender algo do tipo 'Deus não existe'.

Mas o diálogo seguiu assim:

- Pensei que o senhor fosse pentecostal.

Subitamente pensei: - Ele deve tá me elogiando. E dei continuidade à conversa: Por que?

- Por que o senhor usa a barba grande, pensei que fosse uma pessoa mais radical na religião.

Pensei: Usar barba é radical. Logo lembrei da brincadeira que fazia com meus amigos: o nordestino é descendente de árabe: gosta de matemática, tem a barba crespa e etc. Será que era por radicalismo que eu fazia essa brincadeira?!

Mas respondi:

Não, minha esposa e minha filha gostam. Minha esposa diz que sou mais bonito de barba grande.

- Hum, beleza. Queria ter uma barba dessa também.

Moral da história: ser barbudo não é modinha, é ser radical.

Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira em 18/09/2017
Reeditado em 18/09/2017
Código do texto: T6117447
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