Os arquétipos e a humanidade

O que significa arquétipo? Vem do grego: arqui=antigo, arcaico + typo=padrão. Significando: padrão arcaico. O pensador Carl Gustav Jung denominou como arquétipos as manifestações desses padrões fundamentais e recorrentes em mitos, religiões, folclore, lendas, contos de fada e, ainda, no nosso inconsciente, como sonhos e fantasias. O arquétipo serve de estrutura à personalidade e é, basicamente, um padrão de comportamento herdado. O tipo imaginado dos deuses, dos titãs, dos super-heróis, dos mártires, dos líderes e assim por diante, são imagens arquetípicas que se fundem para formar símbolos. Esses símbolos são sínteses de inúmeros conceitos, até mesmo conceitos opostos. O arquétipo, nesse sentido, pode servir muito bem para alguém que busca autoafirmação, como um adolescente, por exemplo, se identifica com um super-herói de história-em-quadrinhos. Ou para alguém que busca uma transcendência espiritual ou religiosa e se espelha no exemplo de um santo e, nesse caso, o devoto estrutura sua personalidade ou humor levando em conta aquele determinado padrão de comportamento louvável e sobre-humano.
O universo psicológico do homem contemporâneo é um caos, para dizer o mínimo. Vivemos sob pressão e com problemas o tempo inteiro, todos os dias, praticamente. Os arquétipos da sabedoria, da harmonia e da beleza se perverteram irremediavelmente? Eu não saberia dizer, mas é possível que estejamos passando por uma fase de trevas com relação à ideais, ideias e valores de um modo geral. Nisso, os arquétipos do nosso mundo inconsciente vêm à tona, muitas vezes, de forma deformada e de forma degenerada. Dependendo do cachorro mau ou do cachorro bom que mais alimentarmos, como diz a parábola antiga, mais teremos a presença do cachorro mau ou do cachorro bom.
O tema do livre arbítrio X o destino também tem relação com o que decidirmos, porque a forma como determinados arquétipos serão vistos preponderantemente por nós, irá para um lado ou para o outro. Se nos identificarmos com o símbolo da justiça cega ou vendada e imparcial, com sua espada – ou o equivalente disto visto sob qualquer modo, até na cultura pop, o super-herói Demolidor, por exemplo, cego combatente do crime que possui seus outros sentidos super ampliados – teremos uma imparcialidade e um código de conduta de justiça, muito provavelmente. Assim, se tivermos um temperamento fanático ou tendencioso para este traço intolerante de personalidade, iremos para o lado do destino, talvez, e pautaremos nossas atitudes, considerando algo inexorável e que está fora do nosso controle, seja para o bem ou para o mal – e provavelmente, para o mal, no caso desse ponto da balança da justiça. Doutro modo, se tivermos um temperamento afeito à liberdade e à democracia ou voltado para tal valor, a balança da justiça irá nos levar a tomarmos conta de nossa vida e nos tornar senhores do que é possível fazer frente aos obstáculos presentes neste ponto para o lado do bem, provavelmente.
No entanto, nada disto é claro e/ou objetivo. Nossas decisões são subjetivas, como é subjetivo o universo humano. Os arquétipos podem nos trazer positividade ou negatividade, dependendo de nossa psique, personalidade, sentimentos ou temperamento. O importante é seguir consciente, sempre tendo em vista o potencial que nós, seres humanos, têm de resolver seus problemas, seja com intervenção divina ou não. E sabendo que neste momento da história do homem, uma ajuda dos Céus seria mais do que bem-vinda, seria essencial para a tomada de um novo rumo para a humanidade. Paz e luz.
Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 13/08/2017
Código do texto: T6082523
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