Jantares zero oitocentos

Estou tentando evitar fazer comentários sobre a política e os políticos. Já ffalei bastante e também, confesso, ando meio ressabiado. Não gosto de pensar algo e não dizer. Sou, venho repetindo isso exaustivamente, um véio grosseiro, que não tem meio termo, completamente inoportuno, chato paca.

Acho, por exemplo, que a esquerda brasileira é covarde, acho isso desde 1964, quando faziam tantos discursos incendiários e entregaram o poder aos milicos sem disparar um só tirinho, não saiu nem elomenos um peido de véia. Também acho, digo isso publicamente, que o povo brasileiro não é cordial apenas, é masoquista e mofino. Aqui, no patropi, rudo dá samba, nunca da frevo. Tô mentindo?

Bom, mas nesta maltraçada, a terceira deste dia chuvoso no Recife (São Pedro não devia exagerar tanto na abertra das comportas), desejo dizer que estou impressionado com um detalhe no cenário político: os jantares íntimos das figurilhas do poder. Um deles foi no palacete ou mansão do presidente da câmara (de propriedade da nação, ele não paga um vintém)e outro no Jaburu, residência do drácula em compotas. Segundo os capachos, esses jantares não sao para aparar arestas na briga de foice pelo poder, mas, pasmem, para discutir as "reformas",

Não, não vou discutir a razão dos jantares zero oitocentos, a nova moda, nos EUA os cofres públicos não pagam happy hour de políticos, mas apenas um detalhe. Olha, não sei qual foi o menu do jantar oferecido por Temer a Botafogo (apelido do presidente da câmara botado pelo departamento de propinas da Odecrecht), mas divulgaram o ofercido por este maúricinho golpista: filé com salada, purê, frango com quiabo, tudo regado por um tinto ARGENTINO, como sobremesa doce de bacuri (fruta amazônica) e sorvete. A sobremesa foi bastante elogiada pelos convivas, além de Tremito, digo drácula em compotas, estavam os blue caps do golpe. Depois, sem dúvida, tomaram um cálice de licor espanhol e um cafezinho colobianoou turco, momento em que foram descansar e fazer a digestão nas poltronas de penas, onde deram os peiidinhos de praxe (golpista peida paca), e, evidentemente, cuidaram das "tratativas", ou seja, o toma-lá-dá-cá.

Nada contra o menu, afinal a sopinha rala, o cuscuz, o xer´pem e o angu é coisa para jantar dos manés que pagam as contas. O que me chamou à atenção e me deixou perplexo e revoltadoé que nesses jantares nunca essa cambada prestigia o vinho nacional, sempre tomam vinho estrangeiro. Será que o Brasil não produz bons vinhos? Não vou falar nos pernambucanos golpistas que deviam estar nesse regabofe, eles sabem do excelente vinho que é produzido no Vale do São Francisco, mas, amigos, pernambucanos como esses não nos representam. A miha surpresa é se havia gaúchos, terra de vinhos arretados. Sincramente não respeitam nem os vinhos nacionais.

Hoje mesmo, comemorando o aniversário de um irmão, tomamos uma garrafa de Botticelli Cabernet Sauvignon, excelente, lambemos até os beiços, mas nós somos apenas manés. Ah, Brasil. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 20/07/2017
Código do texto: T6060193
Classificação de conteúdo: seguro