Tempo e circunstâncias

Domingo, dia chatérrimo, já bati um papo num café, um bom momento, atualizei as fofocas e ouvi algumas anedotas e conversamos aquela conversa gostosa de tapioca mordeu beiju, depois vim para casa e comi um feijoada arretada, tomei uma lapadas de Pitu Gold, depois comi um pedaço de pudim, tomei um cálice de licor de jenipapoeum cafezinho estupidamente quente, sentei na cadeira de balanço ouvi algumas canções francesas e italianas e dei um cochilo, a asma não apareceu e nema dor de cabeça, até agora tudo ok, deve ser porque a tevê está desligada, e me desliguei do noticiário, mas faz frio e domingo, repito, é dia chato paca. Então resolvi racunhar uma maltraçada eita às pressas e sem nenhum cuidado que a neta digitou. Vamos a ela:

Dói muito a sensação de impotência, insignificância, inutilidade. Quando o ser humano sente que não está sendo útil, que não influi e nem contribui, que é apenas um mero sobrevivente, uma espécie de carga, ele sofre muito. Principalmente uando é conscientee sensato, quando não se deixa enganar por um um inconformismo ridículo e que, não raro, gra desprezo.

Na verdade, toda pessoa precisa deixar a ficha cair, ou seja ser realista e entender que sao as circunstâncias que nos governam, e não vice-versa. Quando se é capaz de sossegar a periquita e entender essa situação, é, juro, possível rediuzir o impacto do sentimento de inutilidade e, claro, sobreviver com dignidade. Mais: com esforço e criatividade pode-se ser útil e buscar um lugarzinho para viver os "novos tempos".

Uma coisa é certa: desesperar só apofunda o sentimento de tristeza e o medo de estar sendo encarado como uma carga, um atrapalho, um problema.

Seja qual for a situação e a dificuldade, aqueles que se mantêm lúcidos e ativos, além de altivos, sempre encontram uma atividade, um meio, uma maneira deser útil, de manter sua independênciae de se adaptar às npvas ckrcunstâncias.

Desesperar jamais! Agora vou ouvir umas músicas de Edith Piaf. Sem esquecer de um verso de uma música de Paulino da Viola: "Não sou quem me navega/ quem me navega é o mar". Bola pra frente. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 16/07/2017
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