“Deixei o Rio de Janeiro em situação extraordinária”, Sergio Cabral

“Deixei o Rio de Janeiro em situação extraordinária”.

Sergio Cabral, ex- governador, ex-senador, ex-deputado e extremamente culpado pela situação caótica do Rio de Janeiro.

“a jovem Flávia da Costa Silva, 26 anos, foi baleada dentro de um ônibus quando voltava do trabalho”.

“na noite de natal, a criança Adrielly foi baleada na cabeça, dentro de casa, logo após receber seu presente”.

Os trechos acima fazem parte do texto “Flavia e Adrielly”, que escrevi em 27/12/2012. Quase cinco anos atrás. Na época, ainda sob o comando de Sergio Cabral, as Unidades de Polícia Pacificadora eram celebradas como a solução para a violência no Rio.

Com o tempo, crimes e tiroteios em áreas de UPP confirmaram que tudo não passava de maquiagem para as olimpíadas, algo “para inglês ver”. Área “tipo pacificada”, como diria o jornal Meia Hora. O número de mortes de policiais, bandidos e civis só crescia confirmando que o Rio vive – ou sobrevive? - em uma situação pior que a de países em guerra civil. Um estado, uma cidade rachada entre policiais, milícias, traficantes e a população cada vez mais acuada, seja no morro ou nas grades do condomínio.

Numa semana, uma menina é morta dentro da escola; Maria Eduarda. Depois, mãe e filha na comunidade onde moravam, Marlene e Ana Cristina.

Ainda, uma gestante e seu feto, Claudineia e... (Arthur) a criança nem havia nascido, nem tinha nome registrado legalmente. Ambos lutam pela vida.

Se fosse um filme, o absurdo pararia por aí com um giro de 360º. Haveria uma reviravolta. Porém, a vida não imita a arte, e, hoje, durante outro confronto entre policiais e bandido, uma menina de 15 anos foi morta e baleada no Complexo do Lins. Vanessa.

Ponto Final?