BRASIL SEM RUMO.

Estamos sem visão de um porto seguro. Brasil sem rumos.

Língua, território, povo. Este o conceito social e portanto jurídico da nação politicamente organizada.

Mesmo espancada a língua pela deseducação do povo, credite-se ao Estado inoperante essa deficiência, por seus desmandos e apropriação da coisa pública, a cidadania está incorporada ao indivíduo como sujeito de direitos, ainda que analfabeto político, que claramente, como dá testemunho hoje a internet, defende as organizações criminosas em que se transformaram partidos políticos.

Há um jogo principal entre flamengo e fluminense em que se debatem os analfabetos políticos, que mesmo usurpados defendem as cores dessas agremiações. A estes dois times principais, “alcunhados” com nomes de salgados e embutidos, se agregam os times de várzea, menores mas também ativos criminosamente juntos às organizações.

O território está dividido bem como Cortes Superiores onde não mais comanda a lógica mas o gosto pelo poder.

Os principais nomes dos chefes são postos disponíveis para avaliação com provas contundentes não só em gravações como em robustas provas orais múltiplas irrecusáveis de beneficiados-delatores. Nem assim os analfabetos políticos admitem o perfil mafioso de seus ídolos.

Compreende-se. Onde estiver o analfabeto será acompanhado por seu analfabetismo, como a dizer, uma vez analfabeto sempre analfabeto, haja o que houver. E o pior, gostam dessa “qualificação”, fazem questão de demonstrá-la com gosto, recusar a matemática que formal, jurídica e filosoficamente é norte da lógica.

Brecth estava pleno de razão quando advertia que, “A MÃE DO FASCISMO ESTÁ SEMPRE GRÁVIDA”. ESTE É O NASCITURO QUE NÃO DESEJAMOS, mas o Estado implantou pelo analfabetismo. Está instalado no Brasil. Felizmente os menos informados, vê-se, estão mais conscientes do que ocorre. Os que não se locupletaram com as benesses vindas das “compras de votos indiretas”.

Sopram insciências e anacronismos dessa sanha ausente de discernimento mínimo.

Diante de tanta frustração, indefinição, surpresas de fenômenos da corrupção os mais diversos, especialistas de todas as atividades não ousam vaticinar um futuro imediato ou mediato. Nota-se um silêncio nas ruas. Ninguém espera nada, apenas assiste girar a roda do tempo a esperar o próximo sinal do que ocorrerá, quando um Conselho de Ética desmonta a ética recusando um procedimento barrado vestibularmente.

Não queremos que se avizinhe de nossas liberdades tão duramente conquistadas o caos em que nos encontramos com a capital cultural do Brasil, o Rio de Janeiro, falida e desassistida por governos inexistentes dos componentes da federação e de um Brasil sem leme e sem rumo.

Não se conseguem avanços sufocando uns para valorizar outros, todos são iguais, rezam as cartas políticas como a nossa, e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, bíblia da democracia.

Muito menos se pode amordaçar a liberdade humana, inverter a lei nos tribunais, abortar os mais altos valores democráticos esmagando a cidadania.

Combater e sinalizar gestões indesejadas e cabeças menores, expurgando-as, quando claramente corruptas, notoriamente, expelindo pela norma esses “comandos” se a lei impõe, se faz necessário.

Não há economia forte com políticos fracos, corruptos, dispensáveis. A economia não anda na frente da política, dela depende, e não pode ser gerida pela apropriação pessoal dos valores da cidadania.

O analfabeto político vê as trocas de dinheiro em imagem na televisão (e votos no congresso barganhados por cargos e em espécie, pecúnia) e continua a defender os mesmos ídolos, lavadores de dinheiro, inseridos na concussão direta ou indiretamente.

Analfabeto político é aquele que recebe um pouco do nada que nunca recebeu, E MUITO PODIA RECEBER DE SEU TRABALHO, E MAIS PELAS RIQUEZAS DA NAÇÃO, E MENOS IMPOSTOS PAGAR, TER MAIS ACESSOS, mas sempre foi esquecido, e por receber ou ter recebido essa migalha faz ufanismo permanente e a qualquer preço de quem usurpa seu direito muito maior na partilha das riquezas nacionais sem o mínimo respeito à coisa pública.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 25/06/2017
Reeditado em 25/06/2017
Código do texto: T6036929
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