Simulação do AMOR tirando férias!

Um mês, ouviu bem?

O amor fala, abriu a porta da entidade e sai.

Pensa, que desaforo trabalhar 24 horas, sem descano, nada de feriados, férias nas praias, acampamentos e lazeres culturais nos grandes centros! Éh! O Amor chegou a um limite.

Precisava chutar o balde.

Os demais funcionários daquele órgão,estavam atónicos, vendo o que estava acontecendo,não conseguindo dizer nada. Silêncio total enquanto o Amor caminhava

Pelo corredor central, respiração afogante parecendo soltar lavaredas de fogo pelas ventas. Nenhum barulho de teclas, silêncio total, dava impressão que avia combinado aquela cena, nem os telefones tacavam, já que momentos anteriores não davam tréguas naquela área, tudo estava conspirando naquele momento em que o AMOR se foi.

Podes crê! Na sua partida levou o vaso de rosas amarelas que estava na mesa da secretária e todas lembrancinhas. O amor dava impressão de cansaço a muito tempo. Todos os dias amar, a amar! Sempre dedicando de corpo e alma,sendo sempre pazíguador. Claro, uma função que exigia muita atenção e complexidade. Nem quando a Amizade, a Raiva ou Decepção cruzavam seu caminho. Pensa! Como era sua vida? Vivia se doando o tempo todo, sem horas certas para se alimentar, poucas horas de sono.

É aborrecido, estar sempre no mesmo ram-ram. Cansa-se o Amor, e cansam-se os clientes, de estar constantemente a chover no molhado.

O Amor não se fartou de amar, entenda-se. Gosta, genuinamente, daquilo que faz. E não há ninguém que o faça melhor. Está cansado da mesma rotina: amar de manhã, à tarde e à noitinha, amar muito, amar para sempre.

Às vezes, diz o Amor para com os seus botões, bastar-lhe-iam umas horas sem ter que amar, para logo sentir a falta da azáfama de virar do avesso corações. É que, comentam, o Amor é calmo e apaziguador. Só que não. Olhem que não! É mentira. O Amor tem a força para mudar um oceano de lugar, mover uma montanha de uma região para outra. E não é com calmarias que isto se consegue.

Por outro lado, pensava, e se vier alguém mais jovem, com ideias mirabolantes. É que, convenhamos, estamos no século XXI e o Amor é um clássico, apesar de se reinventar a cada minuto. Julga-se um excelente profissional, mas… sabe-se lá, não é? E isto de empregos não anda nada bom.

O Amor saiu disparado. Exasperado, gritou ao CEO “Um mês, trinta dias!”.

E foi de férias.

Tenham calma. Ele volta. Volta sempre, e redobrado. Para já, deixem-no descansar nas férias merecida.

Jova
Enviado por Jova em 21/06/2017
Reeditado em 21/06/2017
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