Governos, namoro virtual japonês e Corpus Christi



 

Governar ou não governar?

 
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Vemos atualmente uma grande crise política no país. Perdemos um presidente para o impedimento, e agora estávamos prestes a perder o vice-presidente, tendo já o clamor pelas “diretas” numa nova eleição. Mas não ocorrendo diretas, vemos que ocorre do presidente da Câmara dos Deputados, como seguinte sucessor. Fato é que o filósofo chinês Lao Tsé falava que o melhor governo é o que menos governa. Nesse período de crise política é mais ou menos isso que ocorre. Lembrando um pouco mais dos chineses, já tivemos um governo yin e partimos para um governo yang, de um feminino para um grosseiramente masculino. Triste que se use da economia para acabar com direitos. Contudo, observando a fila do banco hoje, astronômica, percebi que o que move mesmo as pessoas em nossa sociedade é o dinheiro, e que pensar economicamente não estaria tão errado. Lá pela China a maior parte da população pensou no melhor para o país e não tão melhor para os indivíduos. Parecemos caminhar em vários sentidos para uma orientalização das coisas, já que não possuímos o poder imperialista das terras de Trump. De algum modo somos um país rico, mas com grande desigualdade social, o que prova que está se evitando governar, e isso já faz mais de 500 anos. Não temos mais um soberano, ao ideal de pensador Thomas Hobbes.




 

 
Alguns japoneses e seu namoro virtual


 
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Fôssemos para nos basear na juventude japonesa, veríamos grande economia no dia dos namorados. Com seus games e namoradas virtuais, por lá a taxa de natalidade anda baixa e os jovens se comportam como crianças. Como falou certo japa em documentário sobre história dos jogos eletrônicos: “nós todos queremos ser crianças”. De certo modo isso é válido, pois a responsabilidade nos resulta em grande estresse. Não que não trabalhem os japoneses. Muito pelo contrário, trabalham e não namoram, pois alguns acham chato namorar. Mas quem o faz, o tem na sua mão a namorada, estilo mangá, eternamente jovem e que necessita de carinho, mesmo que virtual, se sente feliz. Houve mesmo um casamento relatado na mídia, de um japonês com sua namorada virtual. E por aqui vemos a mulher agredida e tratada como objeto. E com tantos relacionamentos virtuais, não apenas aqueles de redes sociais, mas virtuais porque as pessoas são egoístas, e não se conhecem realmente, pois são mentirosas. Assim os japoneses fazem a escola do futuro, e no presente as pessoas se contentam com presentes para seus namorados quase reais, se é que a realidade não é uma matrix. Falando nisso, por outro lado, pela filosofia japonesa da Seisho-no-iê, a realidade estaria em Jissô, o Mundo da Imagem Verdadeira, e não na matéria. Assim não existe morte, não existe doença e não existem muitas coisas. Masaharu Taniguchi tem muito a nos ensinar. Já os jovens japoneses economizam nesse dia, ou gastam mais, pois por lá a indústria de jogos eletrônicos movimenta muito dinheiro, e por aqui vemos as pessoas mais se dedicarem a redes sociais e seriados de TV, mesmo que na companhia de seus namorados “reais”.

 

Corpus Christi e filosofia medieval


 
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Chegamos ao feriado de Corpus Christi, e poucos refletem sobre a data. Desse modo, ainda na Igreja há a eucaristia, que nos coloca também em contato com o corpo de Cristo. Ocorrem muitos milagres durante a eucaristia. O tema ganha também destaque para a filosofia medieval. Santo Agostinho disse que nem todo o pão, mas apenas aquele que recebeu a bênção de Cristo. A vida é recebida através da eucaristia. A igreja é ela mesma a eucaristia. Também Tomás de Aquino trata do tema, e tem o seu ofício, onde diz: “Eu vos adoro devotamente, ó Divindade escondida, que verdadeiramente oculta-se sob estas aparências”. Assim o que não vemos nos convida a algo sublime. Também, o corpo místico de Cristo está a nos envolver, é o Cristo Cósmico. Como disse modernamente Max Heindel, estamos na Nova Era do Cristo Cósmico. E a filosofia medieval sempre ganha muita importância, pois trata em grande parte sobre as provas da existência de Deus.