O Brasil de agora

Como é triste ver um cidadão deteriorando como se fosse algo podre. Um homem jovem até então quase honrado, quase um Presidente da República. Infelizmente, hoje, um candidato a presidiário da mais alta estirpe. Essas são algumas das peripécias que a política guarda para os que sonham que um dia serão reis impunemente.

A última vez que o vi na televisão tive pena, embora devesse sentir um pouco de raiva. A desfaçatez chegou a me dar asco, o que me fez lembrar as palavras ditas diante do vil indivíduo pelo Senador Roberto Requião em plenário: "Canalha! Canalha! Canalha!". O sujeito, sem predicados, ouviu passivamente. Ouso dizer que foi uma lembrança triste de Tancredo Neves.

Hoje o país caminha a trote para o abismo mais profundo de sua história. Nossas empresas estão se esfarelando, os direitos trabalhistas conquistados a duras penas, estão sendo confiscados na calada da noite sem o mínimo de piedade. Os desafortunados que carregam esta nação estão perdendo seus empregos a olhos vistos. Ainda assim, continuamos cambaleando como se fôssemos bestas humanas em beco, sem saída.

Aí você me diz com letras garrafais: “nós precisamos aprender a votar”. Concordo plenamente, mas votar em quem?! Nos filhos de Sarney? Nos filhos de Renan? Ou nos netos e bisnetos de Antônio Carlos Magalhães? Estes são os novos? Estes são os iluminados? Ou somos todos trouxas que não sabemos diferenciar o joio do trigo? Acredito de verdade, que não temos escolha. E a vida continua.

Ah, escrevi este desabafo “só para encher o saco”. Tomara que não me prendam por conta deste textinho tão miúdo.

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 25/05/2017
Reeditado em 02/10/2017
Código do texto: T6009041
Classificação de conteúdo: seguro