COMO CRESCER? AO AMIGO BERNARD GONTIER.

Só compreendendo nossa jornada podemos crescer.

Estando próximo de nós mesmos edificamos estruturas básicas para sermos melhores,e termos paz. Não é buscando fora de nosso perímetro existencial interior que encontraremos essa elasticidade da alma que espera por nossa interiorização. É um potencial que poucos descobrem. É nesse espaço, nosso interior, que ficamos próximos de nós mesmos, quando o encontramos.

"Pertinho de mim", crônica sobreexcelente do amigo Bernard, mostra esse passo andante sobre as planícies da descoberta do conforto espiritual no desconforto das mágoas que desabam sobre os humanos.

Se há como recorrer desses andamentos na ágora das dialéticas é voltando-se para oráculos pessoais. Nada melhor que conversarmos com nossa alma, aquele rasgo mágico desconhecido no gigantesco conhecimento sobre nós mesmos. Um acesso difícil, mas possível. Só nesse altar, como professavam os sábios antigos, encontraremos um pouco dessa nuvem que sempre passa diante de nosso logos, "de onde viemos,para onde vamos, qual a razão de estarmos aqui, por que começou essa viagem?"

"Pertinho de mim", de Bernard Gontier, é um desses avanços que demonstra a possibilidade desse conhecimento que alguns dizem conhecer, mas não têm como veicular por falta de acessos comunicativos.

Como disse em comentário que transcrevo, é retórica para comemorar.

"Todos que se voltam para o que guardam de melhor em seus arquivos interiores têm essas passagens. É da vida, da experiência, da passagem. A vida é muito rica diante de sua pobreza, pois é pobre se não estamos perto de nós mesmos. Quantas vezes estamos longes de nós mesmos, dessa enorme potencialidade;"a mão do passado traz culpa e saudade", verdade de certezas intransponíveis. Saudade traz culpa do que não se fez, do amor que não foi doado, do abraço não dado, da palavra silenciada. Mas a vida concedida o foi para ser vivida na seara do que se foi, se é, para o futuro moldar no vazio desconhecido. Não tenho hoje nenhum desejo de demonstrar o que é impossível, muito menos a mim mesmo, superado nas hostes humanas conhecidas. Simplesmente me confortam os caminhos percorridos no desconforto em que vivemos que você descreve. Assim compreenderemos a incompreensão. Alguém de vulto considerava que os benfeitores da humanidade são credores de honra e comemoração. Seria o panteão dos verdadeiros professores. Quem de alguma forma ensinou a estar mais perto de si mesmo. Você acaba de fazer isso. Meu abraço fraterno."

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 25/05/2017
Código do texto: T6008990
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