MEU ABRIGO (Phellipe Marques)

O primeiro badalar, a primeira nota, o primeiro nascer do sol.

Toda a vestimenta de arrogância se desfaz.

Todo homem volta ao seu estado original, o de pureza e poesia.

A primeira carta, o primeiro verso de amor a gente nunca esquece.

Dias de glória e compreensão, tristeza e afastamento.

Nada melhor do que uma descoberta, reescrita pelas mãos daqueles que se dispõem a sonhar.

Nada mais puro que ouvir novamente a canção de paz de outrora.

Nada mais seguro que despertar do sono profundo dentro do teu abraço, meu abrigo mais aguardado.

Diriam que sou um sonhador, tão intenso e sereno como o azul que pinta o céu das nossas vidas a cada encontro e reencontro.

Diriam que sou um idiota por acreditar em essência, mas não me importo com as críticas.

Prefiro o valor da correnteza desse estado de êxtase e serenidade, beleza, inquietude e inspiração.

Caminho por onde muitos não ousariam.

Vivo o que meu coração se propõe a viver, sem desejo de palmas ou aprovação.

E então, finalmente e com o corpo iluminado, registro o que o mundo necessita: amor, companheirismo e eternidade.

Quanto amor existe naquele espaço do nosso abraço?

Quanto envolvimento e doação?

Quantos versos ainda faltam na peça principal das nossas vidas?

Todas as respostas encontro na proteção do teu abrigo.

Toda a conquista diária é resiliência do nosso amor.

Essência.

Abrigo.

Proteção.

Phellipe Marques
Enviado por Phellipe Marques em 25/05/2017
Reeditado em 25/05/2017
Código do texto: T6008847
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