Praça Cívica - com história, beleza, maus tratos e tudo...

Praça Cívica - com história, beleza, maus tratos e tudo...

Numa foto antiga, vejo a Praça Cívica, ainda com seu obelisco, no início da história da balzaquiana Goiânia.

Não conheço ninguém que a chamem pelo nome oficial, "Praça Pedro Ludovico Teixeira", na língua sábia do povo.

A praça, o Centro Administrativo do governo estadual, sete colégios estaduais e incontável nome de ruas, estado a fora.

É um porrilhão de homenagens, para o companheiro de "intervenções" de Getúlio Vargas.

E aquela estátua equestre dele não tem lugar na praça Cívica, onde se impõe absoluto o monumento das três taças, criado pela mesma artista que a esculpiu, já numa fase menos promissora.

Que a levem para a praça do Cruzeiro, como queria a escultora Neusa Morais e querem os descendentes do homenageado. Lá sim, com o pedestal de 6m de altura, ela terá o efeito planejado, malgrado a impressão de que o cavalo representado, pequeno, parece sucumbir ao peso e importância do "herói civilizador", dando ao conjunto um tom que trafega do ironia para o chiste involuntário.

E o que fazer daquele negócio de aço, tão bobo, do Siron Franco (...espelhos para te fazer refletir sobre o outro -uahhmm, ele já teve uma pegada de inspiração e estética melhor...)?

Não tenho ideia.

Sei que, contexto de história e estilo e, sei là, "função", não tem qualquer relação com o lugar...

Sim, e há ainda a ideia do prefeito petista que, reformando a praça, resolveu meter nela um piso de cor vermelha, que contrasta horrivelmente coma cor verde do conjunto arquitetônico do Palácio das Esmeraldas, belo e verde - porque o boçal e fanático queria colocar ali a cor da bandeira do PT, tudo debaixo dos olhos bem fechados do IPHAN ( ah, nem!, Iphan...) e ainda, um muro que instalaram na parte da entrada da praça, inacreditável, para instalar quadros de energia elétrica, que roubam a graça do e atualmente de suporte para inspiração de... grafiteiros e pichadores ( ah, nem, Prefeitura e Iphan!) e ainda, as placas de publicidade da obra que, por algum mistério, permanecem lá, nos lembrando custo e nome dos "benfeitores (ah, nem!, prefeito Iris!)".

Mas, há um ponto positivo nesta história: a praça onde circulavam veículos, fazendo retorno para a avenida Goiás e que, por décadas, foi usada como estacionamento a céu aberto, ganhou dignidade, com a sua eliminação. Agora, só transeuntes, ciclistas e skatistas podem usá- la.

Dependendo da criatividade do prefeito, quem sabe não venhamos a ter ali eventos iguais à célebre feira Hippie, que levava ao local verdeiras multidões nos domingos?

Uma ideia e transferir papa lá eventos como a feira de antiguidades, programada para a já solicitada praça Tamandaré, onde já se realiza a feira da Lua, e criar um evento do tipo feira dos artistas - que o pessoal da área, tem muito, muito!, o que mostrar - basta ter bom espaço, divulgação e tempo, para ele se consolidar - acorde, prefeito Iris!...

Hoje, 24 de maio, é o dia da padroeira de Goiânia, Nossa Senhora Auxiliadora. Feriadão.

E é assim, por amor correspondido deste interiorano tão bem acolhido, que penso em Goiânia, a partir de seu marco zero...