NÃO TENHO BANDIDO DE ESTIMAÇÃO.

Não tenho, nunca tive, “bandido de estimação”. Fui criado por um homem de bem onde até hoje quando se fala seu nome todos se calam em reverência e galgam alturas os elogios, falecido em 1970. Uma lenda por se enfileirar nas sendas do que é obrigação, a correção.

Pessoa ouvida para aconselhar homens públicos de maior estirpe. Governadores eleitos que iriam assumir seus cargos, iam a minha casa se aconselhar, mas também pessoas simples que atendia e eu por vezes presente ouvia. Ele, meu pai, era um herói em virtudes em meio da guerra humana da dissipação do que é correto. Meu respeito por ele era e é imenso, embora as dificuldades da idade nos afastassem um pouco. QUE PENA!!!! Quando mais podia conversar com ele, se foi...

Quanto perdi! Nasci ele tinha quarenta e um anos. Mas fomos muito próximos, os maiores exemplos de minha vida ele me concedeu.

Ele conhecia e sabia com largueza esse mal dos vícios que infestam a política. Já ouvia ele dissertar para mim.

ATÉ HOJE E COM SURPREENDENTE GRANDEZA SE REPETEM SUAS AULAS.

Era antes de tudo um cristão convicto, criado nos Colégios Salesianos que seu pai italiano chegado de sua pátria nos idos do século dezenove tardio, no início do vinte, conseguiu matricular e internar seus filhos homens. Nasceu no Brasil, 1910. Tinha irmãs italianas aqui chegadas pequenas.

Foi ainda jovem um Professor Salesianos, de latim, português e cosmografia. Com seus parcos ganhos frequentou o Curso de Direito no Catete, Rio, que pagou, segunda Faculdade de Direito do Brasil junto com a do Largo de São Francisco, São Paulo. Academias para filhos de fazendeiros ricos. Seu imenso esforço e mal alimentado quase o levaram à doença.

Foi conhecido como o Príncipe dos Advogados Fluminenses, antigo Estado do Rio. O maior ou um dos maiores criminalistas do Estado quando o júri era competente para inúmeras casuísticas, criminalista de renome.

Desembargador no quinto constitucional do antigo Estado do Rio, sob os requisitos constitucionais de notável saber e ilibada conduta, Presidente do Tribunal do Estadual do Rio em época difícil, biênio 1964/1966. Presidente do Tribunal Eleitoral Estadual em seguida.

Tenho um perfil familiar e destinação ideológica acadêmica que não me permitem ter “BANDIDO DE ESTIMAÇÃO”. Abomino e expurgo com todas as forças a corrupção como escola que muitos desavergonhadamente defendem, analfabetos a maioria, ou não, mesmo os com disfunção exegética, questão inteligencial de embotamento, distante de ideário ideológico difuso e sem possibilidade de discernimento.

Os que querem ter bandido de estimação, equivalendo uns para anistiarem outros, todos na mesma balança de ilícitos, é DIREITO DE OPINIÃO E LIBERDADE DE ESCOLHA.

Só lastimo. Não pretendo ter nessa tribo nenhuma interlocução e muito menos amizade e troca de ideias.

Ainda espero por um Brasil novo, principalmente para minhas netas, E EXECRO TUDO E TODOS QUE OCUPAM POSTOS DE REGÊNCIA, COMO NO BRASIL ATUAL, E ABOMINO A "LARGUEZA DA COLABORAÇÃO PREMIADA", AINDA QUE NECESSÁRIA, COM RARÍSSIMAS EXCEÇÕES.

E REVOLTA A LIBERAÇÃO SEM NENHUMA RESTRIÇÃO DE CORRUPTOS NO EXTERIOR "ASILADOS", SOB A RUBRICA DA AMEAÇA, SEM A MAIS MÍNIMA RESTRIÇÃO OU CONTROLE, QUANDO EXISTE NO BRASIL REGIME LEGAL DE PROTEÇÃO ÀS TESTEMUNHAS AMEAÇADAS. MAS A EFICÁCIA DA DELAÇÃO, VINDA DE LEI, COM ALCANCE ATÉ O PERDÃO JUDICIAL PREVISTO, HÁ DE SE COMPATIBILIZAR COM O DESMANCHE DAS QUADRILHAS.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 20/05/2017
Reeditado em 25/06/2017
Código do texto: T6004428
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