O NARCISISTA COBRA RECONHECIMENTOS.

O narcisista é um vencido, não atingiu seu epicentro espiritual. Ser o centro do mundo é seu zênite, objetivo que transborda do muito que se pensa ao pouco que concentra.

Os vencedores espirituais nada cobram, se doam.

Conhecem as razões de sua existência, repousam na saciedade da vontade serena apascentada na força da unidade atingida. Não buscam aplausos por desnecessários, sabem que eles se estabelecem no comércio das trocas soprados pela vaidade. Não forram o despojamento da doação no assoalho dos vícios da vontade.

Necessitados de reconhecimento que são, soltam aos ventos a ausência de recepção, esbravejam contra o silêncio das palavras que não lhes são dirigidas, e as cobram, confundindo mérito com disponibilidade pessoal, generosidade em receber mais que doar.

Descartam os que atingiram a espiritualidade um pouco mais, esse traço algemado ao ego, preso às necessidades menores.

O entendimento alcançado, a compreensão atingida, despreza sentimentos que a soberba velada deixou na estrada. Os ventos que trazem clareza para as tortuosas vertentes da vida sopraram. Varreram esses reclamos menores, proclamados com tertúlias infantis.

O narciso é filho do eu-próprio, espaço que nada conhece além de seus curtos passos. Vencedores estão próximos da simplicidade, onde se venera a humildade, por abrigar, ser solidária, abraçar e compreender tudo e todos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 01/05/2017
Reeditado em 02/05/2017
Código do texto: T5987068
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