Jornalista visita o Ginásio Paraisense (1911)



Nos idos de 1911, um jornalista residente na cidade paulista de Mococa visitou São Sebastião do Paraíso, no sudoeste mineiro, e escreveu suas impressões sobre o Ginásio Paraisense, fundado quatro anos antes, pelo pároco local, padre Aristóteles Aristodemus Benatti. Foi uma instituição particular cuja propriedade foi transferida para a municipalidade, no ano seguinte, quando o referido religioso foi transferido para outra cidade. Esse estabelecimento de ensino primário e secundário teve uma trajetória de 50 anos, atingindo a fase áurea na década de 1940, quando estava sob a direção do Irmãos Lassalistas, quando estava equiparado ao Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro. Centenas de seus ex-estudantes se graduaram nas mais renomadas faculdades brasileiras da primeira metade do século XX, inclusive três engenheiros formados na Escola Politécnica de São Paulo. Embora sendo propriedade púbica municipal, havia um contrato de arrendamento para diretores competentes que atuavam em estreita sintonia com os coroneis da chamada política do café-com-leite.