CAÇADA AOS PSICOPATAS

“Como alguns psicopatas são serial killers, existe o erro comum de assumir que todos os psicopatas são pessoas violentas ou assassinos. No entanto, muitos psicopatas não são assassinos. Os psicopatas frequentemente fingem ter sentimentos genuínos em relação a outras pessoas.

Tendo em conta algumas das características de psicopatas, como a capacidade de manipulação e de conquistarem facilmente a simpatia das pessoas, muitas vezes ocupam cargos relevantes onde exercem poder.”

Tanto quanto a violência banal que nos assola, é preciso que as pessoas estejam atentas e preparadas para detectar a importante quantidade de psicopatas que infelicitam a vida social. Não estou falando dos descompensados e détraqués. Afinal, de médico e de louco todos temos um pouco. O psicopata, de diferentes graus e com diversas causas, predomina no mundo masculino e está em toda parte: na política, no trabalho, na vizinhança, na sala de aula e até no calor de nossas relações mais íntimas e familiares. Tenho lido bastante a respeito, a matéria é fascinante e as máscaras são as mais variadas. Aquele Pablo Escobar do cartel de Medellín atingiu o ápice da amoralidade, do egocentrismo e da crueldade, sem um mínimo de remorso, mas não esgotou a riqueza da tipologia. Há muitos e muitos espalhados por aí, um pouco menos perigosos e que não são bandidos assumidos, mas prejudicam quase tanto quanto. Claro, não vou citar nomes, mas o universo político está repleto de psicopatas disfarçados com pele de cordeiro, sem a coragem de assumir a condição que o narcotraficante não tinha maiores pudores de ostentar. Prestem bastante atenção. É necessário descobri-los, caçá-los, denunciá-los, pois acredito que a sociedade atual está estimulando o seu desenvolvimento, desde a família, a escola, as organizações civis e os partidos políticos. Tem muita gente passando a mão na cabeça e tirando o corpo fora, mas é coisa séria. E eles são muito espertos. Creio que a psicopatia é uma doença que se alastra sorrateiramente, com poucas chances de cura, já que o enfermo não se acusa e os que estão à volta ignoram. Sim, adoro filmes e romances envolvendo psicopatas, mas, na vida real, o animal é assaz perigoso. E ainda, às vezes, ganha votos ou aplausos.