Classe é classe!

Uma amiga me disse, outro dia, que eu pareço a rainha Elisabeth. É claro que fiquei honrada, imagine só! Logo pensei que ela se referia ao meu comportamento, pois como pessoa bem educada sou respeitosa, de “fino trato”. Além do mais, também tenho uma certa cultura, estudei em bons colégios, já visitei o museu do Louvre, o British Museum em Londres, o Metropolitain de Nova York, o Museu do Vaticano, além de outros, alguns até menos cotados, mas também impactantes, como o Museu do Ouro, em Bogotá. Falando nisso, lembrei-me das jóias da Coroa, dos apetrechos usados pela rainha, tais como tiaras, anéis, colares e brincos de pérolas e brilhantes. Até passei a mão pelo pescoço e olhei para meus dedos pelados. Não era por aí a semelhança. Então me vieram à mente fotos da jovem Elisabeth que volta e meia aparecem na internet, em que ela está sempre com um sorriso simpático. E não era feia! Eu já ia me animando novamente, mas então a ficha caiu. Hoje seus cabelos não são mais escuros, a juventude da soberana ficou lá para trás. Como ela, eu também envelheci e o que temos em comum é uma cabeleira branca emoldurando rostos bem redondinhos.

De qualquer modo, me agrada mais parecer com a Rainha da Inglaterra do que com qualquer artista de meia tigela, mesmo que bonitona. Embora ela se apresente de chapéu ou coroa, e eu, não. Mas classe é classe.