A n a r q u i a

O mundo é dos mais espertos,

Já diz o velho ditado,

Não pense que é sempre assim:

O rio dá muitas voltas,

Meu Deus que será de mim?

Faça-se a tua vontade,

É um intento de todos,

Em todo e qualquer lugar.

A audácia me subestima,

E isso tem que melhorar.

É astuto e sorrateiro,

De um desejo incomum,

Que me deixa incomodado.

Fazendo o povo de trouxa,

Com uma cara de abestado.

Com cinismo disfarçado,

Lobo em pele de cordeiro,

Cara de santo encarecido.

De santo não se tem nada,

Tem é cara de bandido.

Num cenário deplorável,

Ínfimo de imundo covil,

Se constrói o que fazer.

Parecendo urubuzada

Distorcendo o proceder.

A mídia escandaliza,

E não adianta arredar,

Está mudada por inteiro.

É um furdunço danado

Que envolve o brasileiro.

Isso tudo me assusta,

E até onde vai parar,

O engodo ao cidadão?

Não aceite esse papinho,

Só tem cara de armação!

Não devo me estender,

Nessa lamúria abusada,

Pois a coisa tá fedida.

Não lamente o que se foi,

Nas desventuras da vida!

O sujo mais sujo ainda,

Já tá ficando assustado.

E aos poucos enroladinho.

O sol vai nascer quadrado:

Tenha pena do bichinho!

Fala muito e fala bem.

Engana com simpatia.

É um caso complicado.

E o povo está fadado

A corrigir esta anarquia!

Ailton Clarindo
Enviado por Ailton Clarindo em 22/03/2017
Reeditado em 22/03/2017
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