O VÍCIO DE FUMAR

Acabei de ler e recomendo o livro OS BOTÕES DE NAPOLEÃO – As 17 Moléculas que Mudaram a História – Penny Le Couteur, Jay Burreson – Jorge Zahar Editor Ltda. - Rio de Janeiro/RJ 2016.

Trata-se de descrição histórica em torno de várias moléculas, a maior parte delas, pertencentes ao ramo da química do Carbono que estudamos com os títulos de Química Orgânica ou Bioquímica, através de abordagem direta e muito interessante, onde os autores se preocuparam em demonstrar com gráficos, a beleza e a simplicidade da vida e das suas relações com os compostos naturais, modificados ou fabricados pelo gênio humano.

Quando se fala sobre a nicotina, os autores citam o Rei Jaime I, da Inglaterra, que em 1604 escreveu um panfleto condenando o detestável hábito de fumar nos seguintes termos:

“O COSTUME REPUGNANTE AOS OLHOS, ODIOSO AO NARIZ, NOCIVO AO CÉREBRO E PERIGOSO PARA OS PULMÕES”.

Cristóvão Colombo levou o tabaco da América para a Europa e o vício se alastrou com facilidade até o extremo Oriente por ser um alucinógeno de ação semelhante às endorfinas, mas ao contrário dessas, é viciante.

Hoje estão sobejamente demonstrados os malefícios que o inconveniente hábito causa, mas as pessoas insistem em fumar, apesar dos alertas dos órgãos de saúde, dos incômodos físicos que sentem e do gasto diário para a aquisição dos cigarros mal cheirosos.

Claro está que o governo não tem o mínimo interesse na redução do consumo nem do fumo nem das outras drogas tidas como – lícitas - vez que o imposto incidente sobre elas beira os 100%, apesar do crescente gasto com as doenças que essas mesmas drogas provocam nos viciados e nas pessoas que têm a desventura de estar por perto deles.