SUFOQU(AM)E

Talvez precise distância para que um sentimento se firme e necessário paciência para que ele cresça a cada dia. AH! O inicio pode ser um conto de fadas e acredita-se que será assim pelo resto da vida. Aquela vontade de não se separar do outro cresce e a vontade de se ver a toda hora, todo tempo está sempre ali. A calma e a racionalidade dando lugar a paixão e irracionalidade. Parece que as coisas mudaram num piscar de olhos: um dia você está interessado e no outro, não quer se desgrudar da pessoa.

Mas o que não vem escrito nos dicionários e por mais que a gente leia em livros, nunca vai aprender é a ter calma. Calma? Isso mesmo. C-A-L-M-A. Não adianta querer abraçar o mundo com as mãos, ou melhor, a pessoa amada com as mãos. Deixa a calmaria entrar, deixa a vida encaminhar o que precisa ser encaminhado. Vai levando devagarinho, vai cultivando e cuidando de quem você ama. Sem pressão ou prisão. Deixa a pessoa perceber que você está ali para completar e não para afastá-la. Dê espaço. Deixa a saudade aflorar e o sentimento crescer. Não dá para controlar a vida e muito menos as pessoas. Deixa quem você gosta ficar por vontade própria.

Vai! Confia em quem está ao seu lado. E não deixei de “escapar por entre o nossos dedos a chance de manter unidas as nossas vidas”.