A Irreversibilidade do Amor

Definitivamente, se alguém crê que o contrário do amor é o ódio, está redondamente enganado!

Porque o ódio é desse mundo e o amor não é, simplificando bastante... O amor é um alienígena, uma entidade que vem, abduz e se apodera sem pedir licença, não por falta de educação, claro, mas por sentir que chegou em casa, que ali é e sempre foi a sua morada, o seu lugar.

Alguns poderiam achar isso romântico, outros, nem tanto...

Se antes a pessoa tinha que se preocupar somente consigo, o amor duplicou, se é que não triplicou essa preocupação. Afinal, se sozinho qualquer coisa serve, para facilitar, ganhar tempo, etc, para o ser amado tudo deve ser do bom, do mais dispendioso, do melhor.

E na maioria das vezes a contraparte nem se dá conta das peripécias do parceiro para agradar-lhe. Nem um "obrigado"...

Mas claro, o "eu te amo", paga com juros e ainda dá direito a troco.

É irreversível! Grudou, plasmou, eternizou-se ali. Não se move a rogos, nem pode ser amputado, a menos que o cirurgião consiga distinguir os átomos do paciente e os do alienígena. O DNA, já bastante viciado, não entrega nada, faz cara de paisagem; aqui somos Um!

E dizem que é só química... Pode ser alquimia; o que era chumbo foi transformado em ouro... O casal pode até ser vítima de alguma mandinga, uma palavra mágica que encasule o encanto, mas os bruxos vão ter que segurar o feitiço eternamente, pois Amor não tem prazo de validade.

"meu amor é visceral, então...

Porquanto amo com as entranhas,

já que até em suas membranas,

os átomos do amor estão..."

Eu (poeta aprendiz de Amor)

Allba Ayko
Enviado por Allba Ayko em 24/02/2017
Reeditado em 24/02/2017
Código do texto: T5922280
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