Meu Doce Mel.
Por: Alexandre d’ Oliveira
 
 
 
Meu Doce Mel, minha rapariga marrom. Hoje ao ver outra bem parecida recordei dela, do se jeito de brincar, de querer a todos agradar. Corria que nem Corisco pelo quintal da nossa casa, ziguezagueando tal qual foguetão, se enfiando pelas nossas pernas como que algo estivesse adivinhando que iria ganhar.  Mel era para todos nós a coisa mais linda que tínhamos e estava no auge. Tipo aquela ninfeta que todos, sem distinção olham para ela e querem pelo menos beija-la. 
 
Era muito bom tê-la ao nosso lado, enquanto a noite não chegava, nem a lua aparecia , nem ás estrelas em si desdenhavam algo que pudéssemos ouvir seu canto. O que tanto conversávamos era debaixo do pé de mangueira. Entretanto, dentre eu e o Bongo supostamente não restaria nada para mim , eu ficava de escanteio mesmo assim eu tocava a bola pra frente enquanto , e alegre ela ia pegar. Mel era uma graça de Cocker, de ração, e legitimo pedigree. Para muitos nela interessados, nem dava bola para vagabundos tocarem ao menos no fio de seus cabelos de mecha cacheados  , era uma graça, onde todos certamente ao se aproximar se apaixonavam em alguns instantes. 
 
Parecia que olhar pra ela era proibido. Bongo de certo modo rosnava como quem dizia, ela é minha. Ninguém tasca que eu vi primeiro. Ela sorria e dava o melhor de tudo de si, nisto dávamos para ela o que imaginávamos que ela queria tamanho era o dengo que tínhamos ao ver  ela receber sem saber o que, talvez por ser a mocinha da casa e ele já com certa idade se sentia superior , e como bom reprodutor por sua vez não deixava nada passar tendo ela como a mais bela ninfeta na sua vida de prosador.  
 
Outras  que dela se aproximava era por pura inveja querendo tirar um pouco de todo que por suposto, ele para  ela doava. E assim, estas a chamavam de rapariga marrom, devido sua ousadia.  E numa prosa afiada ela ficava eriçada como aquele que de repente provou e gostou do caldo que preparou dentre uma nuvem e outra.  Felizardo, foi Bongo que por ser seu único namorado fez com  que tudo acontecesse. Provou de tudo num súbito aonde veio designar o motivo de sua morte numa tarde de sexta feira de alguma semana de muito sol, e pouca chuva.
 
Enfim, a realidade é que o que é bom pra mim, nem sempre é para você se, alegria de pobre dura pouco, e acontece tão rápido o ensejo que culmina com sua má sorte. Bongo meu querido trapalhão, vira lata, não conseguiu salvar sua rapariga.  E nisto, sentindo toda dor do mundo, ficou sozinho depois de muito tempo de convivência.
 
A  gente agora chora por causa da Mel. Uma cadela da raça Coker de pedigree legitimo, que sem saber inalou algum veneno pelas alamedas da cidade. Assim, também acontece dentre a gente, onde eu vejo que muitos jovens abruptamente saem por ai se iludindo  com os detalhes das chitas, e inalam  sem querer pesadas drogas.