Romantismo de meu pai

Meu pai, homem de 62 anos, pele morena, de palavras fáceis, sorriso espontâneo e um tanto comunicativo.

A quem diga ao ve-lo, que aparenta ser apenas mais um homem do campo, analfabeto do mundo dos livros, mas conhecedor da vida e das belezas por trás dela.

Não ler se quer uma folha de jornal ou livro, mas saber ler o sorriso nos olhos de uma crianca, a beleza através dos olhos de um ancião, não e de ver novelas, filmes ou algo neste sentido. No entanto, aparenta ser um personagem de um romance clichê de cinema, a delicadeza esta em seu ser, como o sangue em nossas veias.

As 5 da manhã já estando de pé, vai a cozinha, antes acendia seu fogão a lenha hoje com a modernidade um fogão a Gás, mas prefere o seu tradicional fogão feito por suas mãos, enquanto se aquece diante do fogo que arde, olha pela janela o nascer de mais um dia, faz o café da mesma maneira que aprendeu de seus antepassados, sem luxo, mas com amor e carinho, feito o café o serve em uma caneca e direciona-se aos seus aposentos, onde sua amada se encontra, ainda com a neblina da manhã entrando pelas frestas das paredes feitas de pau a pique, e minha mãe em silêncio recebe seu café da manhã.

Todos os dias recebe com carinhoso e simplicidade as brincadeiras amorosas de meu pai, não são joias nem rosas que lhe deixam felizes, mas a simplicidade no amor e nas atitudes, tem tudo que precisa pra viver feliz ao lado de seus filhos e netos.

Seu jeito de ser de meu pai e tão romântico que nada faz de diferente, apenas e romântico por natureza de homem do campo apaixonado pela vida.