Caminho de Pensamentos

Numa floresta vermelha, com caminhos largos, pássaros de todas as cores e combinações de cores enfeitavam os galhos das árvores, um céu azul com nuvens grandes e brancas, cobras se esgueiravam no chão, e eu só caminho.

Eu sentia, sorria sozinho, imaginava coisas como sempre. O ambiente cheirava a terra molhada pela chuva noturna. Podia ainda se sentir a umidade. Pensamentos de toda sorte invadiam ou se criavam na minha cabeça gigante.

Eu não consegui dormir durante a noite e resolvi caminhar durante a manhã. Eu até acredito que deveria ter feito isso bem mais cedo, na alvorada. Eu esperava alguém chegar e, bem, isso não aconteceu. Tomei meu vinho Cahors Malbec com as iscas de pato com penne que havia sobrado todo do jantar.

O sol não mais se escondia e eu gostava daquele levíssimo ardor na pele. Não era tão grande quanto o ardor da alma, que queimava em angústia do que aquela falta significava. É um mistério para muitos.

Lhes juro que não sei o motivo de magoar as pessoas...

Quando se é intenso, o coração aprende a criar colunas sólidas de sustentação aos abalos que lhe acometem constantemente. Um dia todo a pressão que há sob as colunas do meu coração não mais provocará tremores - e sinto que está próximo -, pois, meu coração voltará a ser como antes: não tão emocional, mas, balanceado entre os dois extremos.

Diego B Fernandes Dutra
Enviado por Diego B Fernandes Dutra em 20/01/2017
Código do texto: T5887970
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.