Ah, o ciúme...

Ah, o ciúme...

Esse dragão voraz adormecido que desperta faminto nas paixões loucas e nos amores intensos.

Essa fera sem controle que adoece os sãos e enlouquece os bons.

Ah, o ciúme...

Aquele antagonismo de pensamento entre desconfiar do acontecido e ter a certeza na mente que é melhor estar errado.

Aquela atitude inconsequente de revirar os passado, de se enfurecer com os amores do outro vivido. Aquela vontade insana de pegar um erro , mesmo pedindo a Deus para que isso jamais aconteça.

Revirar velhas cartas, velhos posts, velhas fotos...

Ficar irado pelo simples sentimento de que o pressentimento é mais forte que a razão.

Ah, se eu pego! Eu mato, eu capo, eu decapto!

Ah, o ciúme...

Esse abismo da alma que a gente cai e não sabe voltar.

A rotina de olhar, revirar e cavar o email, celular, bolsa, gaveta, bolso, armário...

desconfiar de tudo e de todos...

E no fim ser vencido pelo mal que mais tememos: Perder aquele não nos pertence.

O outro se cansa e se vai.

E o ciúme que outrora era a régua do amor, passa a ser o martelo da condenação, e fim!

ah, o ciúme...

Samuel Boss
Enviado por Samuel Boss em 20/01/2017
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