Sobre irrelevâncias

Diante de toda fragilidade, algumas palavras são puro afeto. Confesso que mesmo com os muros que construo a minha volta no meio dessas fragilidades, percebo que minha alma está mais presente em mim que o de costume. E a sinto me sussurrando com carinho: “Também acho uma delícia quando você esquece os olhos em cima dos meus”.

Fácil não é. Nunca me enganei. É claro que seria melhor que pudéssemos pegar sempre os atalhos, ou se talvez Deus não usasse tantas metáforas. Mas também não quero culpar as metáforas e muito menos Deus. Interpretação e arbítrio sempre foram livres, nós é que não.

Mas veja só, olha eu de novo só falando dos atalhos. Agora eu rezo pela coragem de fincar o pé nessa estrada aí e ir seguindo, sem pensar nos calos. Eu preciso começar a aceitar que nem todo mundo sabe ler um sorriso.. quem dirá um olhar.

E de fato, "eu acredito em saudade. Sei exatamente o quanto uma ausência pode doer, provocar contração muscular e até náusea."

Que a minha alma permaneça me sussurrando carinhos, que os muros caiam e que não me falte afeto. Se o coração está na mão... uma lágrima às vezes basta, outras vezes, não.

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 19/01/2017
Reeditado em 19/01/2017
Código do texto: T5886650
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