PESSOAS ESPECIAIS DEIXAM AS MARCAS DE SUA PRESENÇA... 9h14min.

Os fatos que sucintamente iremos narrar, são verídicos, não iremos dar nomes, pois isto não é mais importante, mas as atitudes em si...

Nossa filha mais “nova”, - Nice - quando prestou concurso no Colégio Bom Jesus, foi designada para ir trabalhar em Blumenau, -SC- lá ficou um certo tempo quando conseguiu sua transferência para nossa cidade. Algumas vezes fomos vista-la, até foi nosso cicerone para visitar alguns médicos homeopatas, para fazer a divulgação das “Gotinhas da Saúde”; um deles nos chamou a atenção, - secretária não nos avisou que ele tinha perdido a visão num acidente automobilístico - conversamos normalmente, dando o frasco a ele, dissemos que tinha 50 ml, que deveria ser usado vinte gotinhas por dia, pela manhã; prontamente afirmou: um frasco dará para 50 dias...

Este apesar da deficiência da visão, não deixou de ser uma pessoa especial, pois estava sabendo a isto superar; lá não fomos mais, pois tempos depois nossa filha estava novamente de retorno ao nosso convívio...

Enquanto lá esteve, uma senhora semanalmente a ajudava nas tarefas do lar; pessoa extremamente sensível, a tratava como se fosse sua filha. Quando voltou, o normal seria que os vínculos de amizade esmorecessem, pela distância, e até o esquecimento, mas por ser uma pessoa especial isto não aconteceu...

Atualmente, através da modernidade do WhatsApp, praticamente todos os dias enviava uma mensagem de viva voz e por ser uma pessoa especial os vínculos de amizade permaneceram; algumas vezes o casal ia a Blumenau, reverem os amigos que foram formados durante o tempo que lá moraram, sempre iam também visitá-la, agora enriquecido com a vinda dos gêmeos...

Na quarta feira, da semana passada enviou sua derradeira mensagem, gravada a viva voz, que era o seu hábito, - também, nosso, pois não temos a paciência de digitar. – no dia seguinte, perto de oito horas, tentou escrever, e não gravar como era o seu hábito, mas apenas digitou: Nice... e teve um enfarte fulminante que acabou ocasionando o desenlace...

Tinha 65 anos, estava prestando serviços à casa de um médico, o casal estava de férias na Europa, razão pela qual permanecia na casa em tempo integral, mas a noite vinha para casa, quando o esposo ou filha vinham buscá-la; o cão de estimação da casa, já idoso, não ficaria sozinho, fazia questão levá-lo com ela, para retornarem no dia seguinte...

Esta realmente é uma pessoa especial, em que a solidariedade, o afeto, porque não dizer o Amor em seus mínimos atos fazia parte de sua vida...

Que Deus abençoe, cumpriu sua missão e foi “libertada” está sendo lembrada por ser uma pessoa, com atitudes, não comuns, que as diferencia como “especial”... 9h53min.

Curitiba, 17 de janeiro de 2017 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 17/01/2017
Reeditado em 17/01/2017
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