ÀS VEZES, MENTIR É NECESSÁRIO

ÀS VEZES, MENTIR É NECESSÁRIO

Era lotado no BB Promissão. Aliás, também trabalhei alguns dias na Caixa Econômica Estadual de lá onde estavam o Álvaro Cardim e uma das Dina, recentemente falecida. Vinha lá de Bento de Abreu suprir vaga momentânea, para ganhar algumas diárias. A transferência para Lins já tinha sido deferida há muito, inclusive já tinha até mudado. Mas os administradores da época, João Ivo, gerente, e Morini, subgerente substituto, hesitavam em me desligar. O subgerente efetivo já tinha sido nomeado. Corria boato de que era uma fera. Soube que na próxima segunda iria tomar posse. Lá pelas 16 horas da sexta, datilografei o meu desligamento e levei para o Morini assinar. Disse-lhe uma mentira, que tinha conversado com o João Ivo e este concordara. Levei em seguida para o João Ivo, confirmando: O Morini disse que nada impede o meu desligamento. –Se ele não tem objeção, menos eu,disse e assinou. Peguei o desligamento sacramentado pela administração e guardei-o numa pasta. Em seguida telefonei a um bar solicitando bebidas e salgados. Foi uma festa de despedida que nunca esqueci. Nunca souberam da artimanha empregada. Também nunca tive a coragem de contar. Só agora após quase cinquenta anos.

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 16/01/2017
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