Tédio existencial 03
     Quando solteiros e sem muita responsabilidades um casal é muito feliz, viajam estão sempre alegres, parecem ser um par perfeito. São plenos de entrega no amor, vivem um conto de fadas.
     Quando se casam, tudo vai bem, embora a mulher se sinta muito cansada pela dupla jornada. Mas o relacionamento íntimo se esfria um pouco. E para piorar, vem os filhos, novas responsabilidades
     A paixão e o fogo se esfria um pouco na mulher, pela carga de preocupações muito grande. E nem percebem que estão criando um espaço entre eles. Um espaço para deixar-se cair em tentação.
     O tédio começa para ambos, um sente cansado demais, o outro começa exigir o que a outra pessoa não tem condições de dar, e começam as traições. A mulher se sente deixada de lado sem a atenção do marido, que por outro lado começa a colocar a culpa na esposa de tudo. Fica um acusando o outro, cada um com a sua razão.
     E assim, começam as angústias, a mulher mais presa em casa por conta dos filhos, e o homem se sente livre, e ainda culpa a parceira. Começam as brigas, o ciúme, as indelicadezas.
     E por outro lado, poucos são os parceiros que conseguem ver o lado da mulher, e quando isto acontece, ainda dá para salvar a relação com um pouco de tédio, mas com a compreensão do que a nova vida pede, das responsabilidades.
     Neste caso mesmo sentindo de vez em quando o tédio, mas como ainda são companheiros tocam a vida. Sempre vai existir de vez em quando o tédio da vida, pois sempre vai ficar alguma lacuna sem preencher.
Mas o companherismo pode ajudar a combater o tédio, unindo as forças, na compreensão de levar adiante a vida juntos e salvar o amor que há entre eles. E se possuem fé, esta preenche o espaço, sem partir para situações extremas.
Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 02/12/2016
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