Pokemon Go chega ao Brasil, e nerds vão para as ruas

Após messes de espera, o inovador jogo para celulares Pokemon Go chegou ao Brasil. Utilizando-se do recurso da realidade aumentada, o game promete angariar milhões de adeptos em todo o país.

- Antes, eu ficava o dia todo em casa jogando os títulos antigos de Pokemon. Agora, saio de casa com meu filtro solar fator 640, minha mochila, meu boné do Ash e vou à caça! Declara Diogo, nerd convicto.

Ao contrário de muitos outros joguinhos, Pokemon Go não é só coisa de meninos adolescentes.

- Tenho 30 anos e desde os 15 sonho com o momento em que encontraria pokemons pelas ruas. Agora sim sei o que é fe-li-ci-da...da-de... perdão, mas tenho dificuldade com palavras que não conheço. Diz José, nerd veterano.

- Minha ídola sempre foi a Misty, companheira de jornada do Ash. Quero caçar só pokemons aquáticos, mas não sei se sobreviveriam na Baía de Guanabara..rs. Brinca Joana, 23 anos, uma menina gamer.

Apesar da empolgação de muitos, as autoridades estão cautelosas. Renata, bióloga do Jd. Botânico, teme que gamers alucinados confundam animais como tucanos, jabutis e micos com pokemons e os acertem sem querer. Isso tudo mesmo o lançamento da pokebola sendo apenas virtual.

Roger, professor de matemática, se incomoda com os alunos dormindo em sala. Ele acha que os alunos estão perdendo madrugadas passeando pro aí atrás de novos pokemons.

- Ou então é um Jigglypuff aqui dentro e eu não vi..rs.

Há também aqueles que veem no jogo benefícios para a saúde dos nerds. Marcos, professor de educação física, tem recebido alunos interessados em treinamento de corrida, visto que são necessários alguns quilômetros percorridos para a eclosão de ovos de alguns pokemons. Como preparo físico não é o forte dos gamers, ele está se dando bem.

- Acho engraçado porque eles aproveitam e vêm até a academia malhar também, mas passam a maior parte do tempo na esteira olhando o celular. Nem veem as gatinhas por aqui. Só querem saber dos gatinhos do jogo, tipo o Meow e o Persian.