Crônica #110: PEQUENO ALMOÇO COM MARIAMAR / CAFÉ DA MANHÃ COM O OD

Crônica #110: PEQUENO ALMOÇO COM Maria Mar / CAFÉ DA MANHÃ COM O OD
Autores: Od L'Aremse e Maria Mar
Uma crônica virtual
Fortaleza, 29/06/1012, Aeroporto Internacional Pinto Martins.

Chegamos lá às 17:00. A Susana é rígida até demais em se falando de horário. Documentação em ordem, fomos ao câmbio e trocamos o necessário exigido, caso nos pedissem comprovação na migração em Lisboa. Enquanto isto, deixamos o Amin e a Rúshia guardando nossa vez na fila do “check in” da TAP. Os garotos não largavam nossas mãos. Era a primeira vez que viajávamos sem eles. Partia nossos corações o não podermos levá-los, mas dessa vez não dava mesmo.

"Check in" feito, fomos ao embarque internacional. Daniel, Israel e Débora grudaram-se em nós de tal forma como se fôssemos um só. Foi a mais difícil despedida em toda a minha vida. Ao descrever aqui, pesadas lágrimas embotam-me a visão. Enfim, o Tio Amin e a Tia Rus, como eles os chamavam, conseguiram acalmá-los e, até sermos absorvidos pela fila, que lentamente se aproximava da aduana, ainda pude vê-los acenando chorosos. Ah! Da próxima vez os traremos conosco.



Às 19:35, o voo TAP 0030 foi liberado e decolou rumo a Lisboa. Uma viagem confortável em céu de brigadeiro. Não poderia ser melhor. Bom serviço de bordo. Um sotaque muito bonito, parecendo outra língua, embora fosse a mesma nossa. Só não pude conter a risada, quando a comissária de bordo reforçou o aviso de proibição de fumar nas “casas de banho”, ou seja, nos toaletes. Mas faz todo o sentido, visto que também chamamos de banheiro. Após servido o jantar a bordo, assistimos a um bom filme dublado em português lusitano. Nos primeiros quinze minutos, precisei aguçar bem minhas oiças para adaptar-me ao sotaque (accento). Mas, como volta e meia converso com a Ana Flor pelo telemóvel (celular), foi fácil acostumar-me e foi assim até o final. Curti um pouco de música clássica. Como não poderia deixar de ser, um tantinho aqui de Mozart, outro tantinho ali de Strauss, mas corri logo mesmo para os canais de fado e vira portugueses e fiquei a ouvir, ouvir até adormecer. Acordei com a Susana dizendo que iriam servir o pequeno almoço. _ “Mas já!”, repliquei olhando para o meu relógio, ainda no horário brasileiro onde marcava 1:00 em ponto. Susana me disse que eles trabalhavam no horário de Portugal, 4 horas a mais. Às 6:10 horário local (2:10, pelo meu relógio), foi anunciado que, dentro de instantes aterrissaríamos no Aeroporto Internacional da Portela em Lisboa, no horário previsto. O aviso foi repetido em inglês, alemão, francês e espanhol. Dito e feito, taxiamos às 6:40. Neste momento, como de costume, todos os passageiros deram uma calorosa salva de palmas em louvor à tripulação. Descemos ao pátio de esteiras de bagagens e em seguida fomos à migração. Primeiro apresentei o meu passaporte, cumprimentei o agente que se limitou a carimbá-lo e devolver-mo. O mesmo fez com o de Susana. Foi a migração mais rápida e sem protocolo que já tivemos.



Quando saímos pelo portão de desembarque internacional, vimos uma simpática, bela e jovem Senhora, acompanhada de seu marido, com um singelo cartão A4: Bem-vindos OD e SUSANA!
Toquei em Susana e disse:

_ É a Maria Mar! _ Acenei para ela!

_ Não dava para reconhecer-te, Od! Também! Com aquela nostálgica foto dos anos 70! E esta simpática dama a teu lado, só pode ser a Susana que, volta e meia, citas em teus textos.

_ Eu mesma! Muito prazer, Maria!

_ Od, Susana, este é o Rui, meu marido.

_ Muito prazer!

_ O prazer é todo nosso, em vos poder receber aqui,em Lisboa!

_ Então, vamos pôr as bagagens no carro, pois certamente estão cansados, enfadados dessa longa viagem. Deixemos as conversas para o percurso. Uma dica: Evitem dormir antes de chegar a noite, senão terão uma grande ressaca de jet lag. Preparamos para vocês um pequeno almoço bem lusitano e um roteiro turístico para enfrentar o jet lag. _ Prossegue Rui.

_ Que bom estares em Portugal, Maria! Receava não te encontrar aqui, pois sei que estás fazendo um curso nos States. É muito longe daqui até tua casa? _ Indaguei, ansioso.



_ Não! Uns 20 a 30 minutos! É perto, dependendo sempre do trânsito, porque são as duas piores vias deste país; vamos atravessar a Segunda Circular e depois a IC19.... que vai até Sintra. Estão quase sempre empanturradas de trânsito. Guardem o filme para Sintra, pois lá, não se vão cansar de filmar. Haja filme! _Sorri Maria Mar. _ Vamos passar pelos estádios do Sporting (tenho mesmo ao lado, um apartamento, onde podem ficar a dormir se preferirem. É para o meu filho, quando entrar para a Universidade, pois fica junto delas também) e do Benfica! Em Sintra visitaremos o Palácio da Pena, O Palácio dos SETEAIS, o Palácio da Vila, o Palácio da Regaleira, o Castelo dos Mouros e há mais palácios e Fontes, houvesse tempo, Od e Susana! Passaremos de carro e ficam para uma próxima vez. Nós nunca mostramos tudo, para que as nossas visitas voltem (rs...)! É a famosa Vila de Sintra com suas ruelas de calçada, suas lojas típicas e seus bares, restaurantes... sempre cheias de espanhóis e agora também, chineses e outros, visitando.


_ Não se preocupe, Maria! Trouxe bastante cartucho de fitas para a filmadora e alguns 'memory cards' que posso ir descarregando nos nossos notebooks. Não se pode desperdiçar um clique. É como um raio: “não se dá o mesmo clique na mesma cena!”


_ (Rindo...) Quase me esquecia. Lá, eu sirvo o “Café da Manhã com o Od”. Aqui é diferente. Mas certamente iremos nos deliciar. Dou maior valor conhecer novos hábitos, outras culturas _ falei.


_ Do aeroporto até Sintra (explica Maria Mar) são apenas 36Km, mas só vês estradas, carros, prédios, saídas para vários... chamamos aqui, dormitórios, pois a maioria vive nesses locais, mas trabalham em Lisboa. Chama-se a Linha de Sintra, composta por várias localidades. que é servida por comboio (trem) até ao Oriente que fica na EXPO, o PARQUE DAS NAÇÕES. Quando chegarmos a Sintra, vais achar diferença como da água para o vinho, pois de repente, a beleza da majestosa Serra se impõe diante dos nossos olhos e parece que estamos noutro mundo!


Maria tem um dom especial de fazer amizade. Incrível! Em poucos minutos conversa com a Susana como se fossem velhas amigas. Creio que o ouvir os filmes a bordo ajudou também à Susie abrir as oiças para o sotaque local. Enquanto elas falavam de família, viagens, belezas naturais, o Rui e eu falávamos de política, esporte, música e até poesia. O Rui é um renomado médico, mas nas horas vagas aprecia a boa música, um bom livro e sabe valorizar a boa poesia. Também não é pra menos. Com uma exímia poetisa ao seu lado, não poderia ser de outro jeito. Gosta muito da música brasileira, principalmente de MPB, samba e bossa nova. E na sua terra, como não poderia deixar de ser, aprecia, como eu, o fado, o vira e outros ritmos mais tradicionais. Maria vai, como boa anfitriã, nos informando por onde vamos passando.


Enfim, chegamos à casa de Rui e Maria. Dois imponentes ciprestes, ladeados de duas cercas vivas de camélias e de botões a desabrochar, artesanalmente bem podadas, dando um tom pontilhado de vermelho no verdor olivado de suas folhas. Uma visão paradisíaca. O frescor de uma brisa nos saúda nessa manhã de verão em torno de 17ºC. A sensação térmica é de 13C e a previsão máxima é de 23ºC. Bom pra nós, graças a Deus!


Rui estaciona sua carrinha na garagem e, discretamente dá um sinal para o seu filho de 11 anos, o Ruizinho. Ele entende o código previamente combinado e põe o CD de Amália da Piedade Rodrigues, a nossa querida Amália que, após alguns rasqueados de guitarra portuguesa, canta com sua maviosa e saudosa voz: “Lisboa velha cidade, cheia de encanto e beleza...” Ai, ai, ai! Não deu outra. Aquele ventinho serrano trouxe um grãozinho de areia, justo naquele instante e pior é que não achava o lenço de papel pra reter a lágrima que teimava em arder e cair de soslaio. Mas não é fácil, gente! Saber que há quase 13 anos a diva da música portuguesa não mais está conosco, “não dá pra segurar. Explode coração!” Mas logo me recomponho e, enquanto cantarolo a música com o Rui, vamos retirando a bagagem do maleiro.


Apenas olhei pro Rui e Maria Mar, tranquei bem os lábios, abracei a Susana e apertei minhas duas mãos em direção a mim e, com um nó na garganta, acenei para eles em sinal de agradecimento. Entramos na casa e ainda toca na voz de Amália, "Casa Portuguesa", acompanhada por todos com muitas palmas. Os portugueses são gente muito alegre e festiva. Também pudera! Deus provera suas terras de tantas belezas naturais, que encantam e apaixonam qualquer que aqui chega, logo à primeira visita. Seguem outros fados como Lisboa Menina e Moça" e outros como "Canoa", "Povo que lavas no rio"...


_ Puxa! Mas que cheirinho é esse que vem lá de dentro, Maria!?


_ É mesmo. É de dar água na boca! _ completa Suzana.


_ Bem! É o nosso pequeno almoço. O nosso filho,o Ruizinho, ficou a tomar conta dos pastéis de Belém, ou chamados pasteis de nata, que ficaram no forno a assar. Como em minha casa, não há empregada a servir, está tudo sobre a mesa: leite de amêndoas, chá, sumos, batido de frutas e folhas verdes, que o Rui prepara na hora, bem como o café, a quem vai pedindo... O pão, de vários tipos, porque temos visitas e não sabemos o que preferem... pão saloio, brioches, pão de sementes, pão de centeio, queijos dos Açores (o típico queijo da ilha, o Castelinho, o Terra Nostra, o queijo do Pico, o queijo Bravo e não poderia faltar o queijo da Serra da Estrela, que mandamos buscar mesmo ao pastor que nos costuma vender, quando lá vamos passar o fim de semana, na época da neve.... presunto fatiado da perna na hora, salpicão e paio das Beiras (Região de Viseu), pasteis de Belém, queijadinhas de Sintra e travesseiros de amêndoa e gila da famosa Pastelaria "Piriquita", fruta da época: cerejas e morangos. Compotas também e aconselho a de abóbora com nozes feita por mim! Não vamos esquecer que tem uma cesta de queijos portugueses e outra de enchidos, para levarem para o Brasil (enchidos são chouriços, salpicões, chourição, paio...)



 Ah! Ia-me esquecendo. Matei, de fato, minha curiosidade. E não é que a música tem toda razão quando afirma que '… numa Casa Portuguesa, com certeza, tem um bom vinho sobre a mesa'! E que bom vinho!!!


_ Está tudo uma delicia! _ Comenta o Od.


_ De fato! Uma delícia! _ Susana faz eco, _Tantas iguarias que nem sabia por onde começar e o que comer. E lá se foi mais uma vez o nosso regime no mais um “só hoje!” Rsrs.


Susana pode reparar na linda toalha bem trabalhada sobre a mesa! Bordado muito perfeito que segundo a Susy, entendida nessas coisas, tinha todos os pontos, do cheio ao crivo, como a Maria Mar explicou. São bordados dos Açores, onde ela também viveu e cresceu, durante algum tempo, quando era criança. Vamos ter que ir conhecer um dia, aqueles verdes campos e aquele mar!


Depois do repasto, fomos levados a visitar os Palácios e o castelo dos Mouros. Cada palácio um encanto! Toda a Serra é magnifica! Apetecia ficar mais tempo lá no cimo da Serra, no Parque da Pena, olhando do topo o manto que cobre a Serra de Sintra, uma paisagem luxuriante! Só visto! Contado, meus amigos, não dá como transmitir o tanto de História e obras arquitetônicas que pudemos apreciar! Maria Mar e Rui nos ofereceram presentes do artesanato local: algumas peças de louça e um tabuleiro em azulejo pintado à mão com os Palácios e Castelos, a azul e branco, encastrado em madeira. E outros "souvenirs", como uma travessa pintada, também à mão, com o centro de Sintra antiga. Aproveitamos a oportunidade para ofertarmos o que levamos: o melhor café do mundo (o brasileiro, claro), uma rede de casal e outra de solteiro de puro fio reforçado, ricamente bordadas com varandas, artesanato bastante procurado no Ceará, acampando dois pares de ganchos camuflantes que servem, ora para armar as redes, ora para pendurar os entalhes, quadros, alguns artesanatos de bordados do Ceará, rendas de bilros, gripis, que Maria tanto aprecia, alguns entalhes em madeira da feirinha da Beira-Mar de Fortaleza, garrafas com gravuras em areia coloridas de Canoa-quebrada.



Demos um passeio por Sintra, de charrete (uma biga, ou seja, puxada por dois cavalos). Em seguida e como se fazia tarde, fomos, de eléctrico, para as Praias das Maçãs e Praia Grande, almoçamos a açorda e arroz, ambos de marisco servido no pão saloio e as sardinhas assadas na brasa com batata cozida e salada. E também, pimentos assados com azeite e alho... a sobremesa foram doces conventuais... Susana arregalou os olhos, mas como viu que eu havia orado antes, ficou mais aliviada, visto que sou alérgico a frutos do mar, mas não resisti ao apelo e, graças a Deus nada senti.

 

Mais tarde, fomos a uma noite de fados no tipico Restaurante “O Faia” que também é, “Casa de Fados.” Jantamos cataplanas de cherne sem marisco, por minha causa e tivemos alguns fadistas que durante a atuação nos fizeram uma homenagem e dedicaram três fados que mais gosto. 

(Antônio Rocha - no Restaurante O Faioa - Casa de Fado)

Era pra ser apenas um, mas sabendo que eu sou brasileiro, abriu-me uma exceção. Cantaram “Uma Casa Portuguesa”, “Naquela Janela Virada Pro Mar” e “Lisboa Antiga”. Foi como se eu voltasse à minha infância e ouvisse novamente meus pais cantando essas canções de que tanto gostavam. Já viram que mais ciscos caíram em meus olhos...

Durante o espetáculo foi servido caldo verde e bom chouriço assado e broa de milho, muito bom! Bom vinho, claro! Que belos vinhos provei hoje! O Rui é um 'expert' em vinhos, pois tem um irmão que é enólogo.

Voltamos exaustos, ainda a ouvir no som do carro “Navegar É Preciso, Viver Não É Preciso”. Confesso que nunca entendera esse aforismo, fiquei ali, enquanto o carro suavemente seguia de volta para Sintra, a buscar o meu eureca. De súbito, gritei: “É ISSO! SÓ PODE SER!” O Rui assustou-se e Maria Mar e Susana que nesse momento cochilavam, acordaram assustadas e, em uníssono trio preguntaram: “É isso o que, Od? Parece até o tal Teló: ASSIM VOCÊ ME MATA!!! de susto!” E eu, meio encabulado, mas ainda eufórico pela descoberta falei. “É que acho que descobri a pólvora... O autor dizia que 'navegar é mais importante do que viver porque pode-se viver sem objetivo algum, mas quando se tem que navegar como objetivo, se tem que estar vivo para poder navegar!”

_ Bravo! _ falam Maria e Susana, seguindo-se estalidos com o polegar, anelares e mínimos, aplausos à moda cearense, como a Maria Mar bem conhece de suas férias por Fortaleza.

_ É isso, é! Isso! Isso! Como diria o Chaves (rsrsrs). _ Replica Od,
[Susana]: Pois é! Pois é! Pois é! Como diria a Chiquinha. (Rsrs).

E assim, entre um riso e outro, fomos vencendo a estrada quase deserta, com o sono bastante acrescentado. Fazia-se necessário, visto que ainda passaríamos alguns dias por outros lugares de Portugal, e provavelmente sul de Espanha.

Quisemos também retribuir a hospitalidade. No dia seguinte, mesmo sem o Galo Roberto para me despertar, preparamos um café bem à la Od. Havíamos trazido um isopor com os ingredientes e por isso, logo cedo, a Susana e eu fizemos o café da manhã, aqui se diz, pequeno almoço: inhame, batata doce, tapioca, cuscuz de milho, cuscuz de tapioca, bolo de milho, bolo de fubá, pão de ló, pé de moleque, manzape, “Scrambled eggs”, presunto e queijo muzarela em fatia, queijo de coalho, coalhada (esta a preparei de véspera com o leite que compramos no curral ao lado), lelê, carne de sol, leite mungido, sucos, geleias de “crancane”, morango e goiaba, pasta de amendoim. Os produtos perecíveis peguei da geladeira. Não foi surpresa pra Rui nem para Maria Mar ou o Ruizinho, visto tão bem conhecerem a culinária de minha terra, mas foi apenas para amenizar a saudade da terra Alencarina. Ainda fizemos o almoço à Cearense (um baião de dois com queijo de coalho e paçoca). A carne de sol ficou para ser assada no dia seguinte. Como não tínhamos combinado nada, tivemos mais uma programação surpresa. Guardamos tudo na geladeira e nos vestimos rápido para sairmos sem qualquer atraso. Como intencionávamos pernoitar em Cascais, aproveitamos e pusemos nossas bagagens no porta-malas.

A seguir, fomos ao Centro Cultural de Belém e, mais tarde, ao Campo de Santa Clara em Lisboa para visitar o Panteão Nacional, o túmulo de Amália!



Aí foi demais! Sou muito emotivo e, por forte que tentei parecer, não resisti. Chorei feito criança desmamada!



Mas fazer o quê? “C'est la vie!” Um dia chegará nossa vez. Demos uma passagem rápida pelo Parque das Nações e daí apreciei o majestoso Rio Tejo e suas embarcações... (a ninfa já levávamos conosco). Rs


Almoçamos num restaurante onde só servem bacalhau, de 1000 maneiras... Provamos vários, foi uma delícia! Com bom vinho, sempre! E parece até um milagre, pois esqueci que sou alérgico a frutos do mar. Nem tomei antialérgico algum nem senti qualquer reação.


Após esse “tour” abençoado, chegou o momento que eu considero mais triste numa viagem – a despedida. Como já havíamos posto nossas bagagens na mala do carro, de Lisboa, Rui e Maria Mar nos deixaram em Cascais, que dista quase 34Km de lá. Foi uma viagem tranquila. Íamos rememorando cada momento em que estivéramos juntos e foi algo inesquecível. Melhor que isso, só mesmo saindo da ficção para o real. Aí, seria bom demais!

Somos demais gratos ao casal que tão amável e gentilmente nos acolheu e nos fizeram como a um de seus patrícios. E mais que isso, como parte de sua família. Como a poesia pode unir, tão bem assim, pessoas virtuais!

- Amamos muito conhecer de perto Rui, Maria Mar e o pequeno Rui. Vocês agora moram em nossos corações. Queremos que, um dia, venham conhecer o nosso humilde rancho. _ Dissemos.

O Hotel Miragem faz jus ao nome. É uma verdadeira miragem!

Escrevo essa crônica ficção, daqui deste fictício hotel em Cascais, ao Sul de Portugal, próximo ao Cabo da Roca*. Amanhã tomaremos um táxi e faremos uma miniturnê antes de irmos ao Aeroporto Internacional de Portela – Lisboa. Lá chegando, faremos o “check in” e tomaremos um lanche, enquanto aguardaremos o momento do embarque. Agora, vou publicar no Site Literário e dormir nos braços de minha amada, que ninguém é de ferro!

Logo, logo estarei de volta ao convívio dos leitores.

Enquanto isso, aguentem aí o meu Primo Amin Eumnésius.

 
Deus abençoe a Todos!

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(*) O Cabo da Roca é o ponto mais ocidental de Portugal continental, assim como da Europa continental. Situa-se na freguesia de Colares, concelho de Sintra e distrito de Lisboa. O local é visitável, não até ao extremo mas até uma zona à altitude de 140 m. O cabo forma o extremo ocidental da Serra de Sintra, precipitando-se sobre o Oceano Atlântico. As suas coordenadas geográficas são N 38º46'51", W 9º30'2".
Luís Vaz de Camões descreveu-o como o local “Onde a terra se acaba e o mar começa” (in Os Lusíadas, Canto III). Um padrão em pedra com uma lápide assinalam esta particularidade geográfica a todos quanto visitam este local. A sua flora é diversa e, em muitos casos, tem espécies únicas, sendo objecto de vários estudos que se estendem, igualmente, à geomorfologia, entre outros.
[http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_da_Roca].




(Em revisão)
Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 30/06/2012
Reeditado em 28/05/2014
Código do texto: T3753774
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