Primeiro Ano no Recanto!

402 leituras! Uau!! Aparece como o texto mais lido na minha escrivaninha... Uma surpresa para mim, sério! :-)

Olhe que estou aqui há um ano. Dia 15 de novembro de 2008 publiquei meu primeiro texto, o ‘Sinto e Penso, Logo Escrevo’... Parece que foi ontem!

E foi no dia 13 de abril de 2009 que aqui reproduzi trechos de uma entrevista com a escritora Nélida Piñon, sobre seu livro Coração Andarilho. Na falta de um rótulo mais adequado – e não havendo nada parecido com TRANSCRIÇÃO – classifiquei-o como RESENHA. Talvez esse erro tenha induzido a tantos acessos... Se foi assim, desculpe. Não foi premeditado.

Por ser este o texto 'mais lido', chama-me a atenção a pequena quantidade de comentários recebidos (para este texto em particular, claro!) e a falta de reação a certos trechos como:

“... mas não como um conjunto de força que pudesse impor uma certa definição estética, uma proposta estética. Eu acho o seguinte: eles não veem o Brasil como um país de grande produção intelectual -- A meu juízo!...”.

Esperava ter levantado mais discussões e isso que me faz perguntar se o texto foi realmente ‘lido’ por tantos visitantes assim...

Eu bem que poderia ter escrito um texto (puramente) comemorativo, por esse meu primeiro ano aqui no Recanto. No entanto, achei mais produtivo compartilhar esta dúvida com você, caro leitor.

Antes, tinha eu mais tempo para navegar neste site, aqui e ali encontrar e me deixar envolver por questões interessantes. Hoje em dia o tempo está curtíssimo, e não tenho dado conta de dar aos meus leitores um tratamento mais individualizado. Assim, venho tentando conversar com os colegas de um modo geral, através dos poucos textos que tenho conseguido publicar ultimamente.

No romance A CASA DOS ESPÍRITOS, de Isabel Allende, a personagem Alba, quando na prisão, não tendo com o que escrever, escrevia com a mente, para que quando tivesse tempo pudesse realizar suas histórias em folhas de papel. Acho que estou mais ou menos numa fase como essas. O tempo é pouco, as idéias atropelam. Escrevo na mente para não esquecer de registrar mais tarde, quando puder.

Como escritora, ao longo deste primeiro ano de publicações aqui no Recanto, passei por várias transformações. Tive oportunidades de trocar idéias com muita gente, dar e receber feedback, construir uma visão mais sólida do ofício de escrever. E as mudanças continuam. Analisando brevemente minhas publicações ao longo deste período, vejo estampado em cada texto o processo, ou seja, como eu era (bem no comecinho...) como me encontro agora e o que quero me tornar. O mesmo se passa com os colegas e essa é a maravilha do processo de escrever, não?

Curiosamente, para muita gente parece que escrever, ao invés de ser algo que dá prazer, é algo que dói... Para mim, não. Cada dia que passa me vejo mais palhaça, mais saliente, mais disposta a brincar e não levar as coisas tão assim a ferro-e-fogo. Sim, como todas as experiências são válidas, de todo tipo de arte se pode aprender alguma coisa, não?

Bom, esse texto está ficando muito maior do que o pretendido. Suspeito que já tenha me perdido. Ah, quer saber de uma coisa? Tanto faz! Afinal, essa é uma crônica comemorativa.

A você, querido leitor / querida leitora, verdadeiro autor/autora dos meus escritos, muito obrigada pelo carinho e consideração.

Um beijo no coração, vice?!

Valeu!!