Que coisa rara de ver É político não roubar

Mote de Ritinha Oliveira

Já vi jacaré voando

Baleia nadar de ré

Macaco cheirar rapé

E já vi pinto mamando

Já vi cachorro miando

Também vi ferro boiar

Já vi jumento falar

E minhoca aprender ler

Mas coisa rara de ver

É político não roubar

Já vi saci jogar bola

Carrapato de cueca

Formiga jogar peteca

E pulga de camisola

Caranguejo de cartola

E vi cobra assobiar

Vi borboleta espirrar

E vi pedra derreter

Mas coisa rara de ver

É político não roubar

Vi careca usando pente

Vi nota de seis reais

Já vi dois papas iguais

E já vi perna em serpente

Vi muriçoca com dente

E oceano secar

Já vi fogo congelar

E fantasma aparecer

Mas coisa rara de ver

É político não roubar

Vi sino com três badalos

E urubu amarelo

Vi barata de chinelo

Também vi chifre em cavalo

Até cebola com talo

E jovem sem celular

Já vi magrelo engordar

E vi gordo emagrecer

Mas coisa rara de ver

É político não roubar

Eu vi ateu na igreja

Cururu de bicicleta

Já vi canguru atleta

E uva em pé de cereja

Vi crente tomar cerveja

E camelo em alto mar

Vi galinha relinchar

E o sol escurecer

Mas coisa rara de ver

É político não roubar

Eu já vi roda quadrada

Vi pombo jogar xadrez

Também vi bode pedrês

E vi ponte sem estrada

Vi samurai sem espada

Defunto ressuscitar

Já vi inglês se atrasar

E até anão crescer

Mas coisa rara de ver

É político não roubar

Edmilton Torres
Enviado por Edmilton Torres em 31/08/2017
Reeditado em 31/08/2017
Código do texto: T6100390
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